Depois de em março ter caído para os 23,6% nas intenções de voto, o PSD recuperou e em abril chegou aos 26,1% — o que faz com que a soma de todos os partidos à direita volte a ser superior ao valor conseguido pelo PS, sozinho, que ao longo do mês que passou caiu ligeiramente, dos 39,7% para os 38,2%, continua a revelar a sondagem Aximage feita para JN, DN e TSF, de que o Observador já deu conta ao longo do fim de semana.
De acordo com a versão impressa do Jornal de Notícias, contas feitas à intenções de voto no partido liderado por Rui Rio, no Chega (que caiu para os 7,2% depois de em março ter chegado aos 8,5%), no Iniciativa Liberal (que praticamente mantém, 4,9% agora, 4,8% há um mês), e no CDS-PP (que voltou a descer ainda mais, de 1,1% para uns residuais 0,4%), a direita reunida consegue 39% das intenções de voto — 8 décimas mais do que o partido no Governo sozinho.
À esquerda, o Bloco voltou a subir também ligeiramente ( de 8,6% para 9,2%), consolidando-se como terceira força política nacional — atrás surgem Chega, PCP (5,7%), IL, PAN (que, com a saída anunciada de André Silva, caiu de 3,2% para 2,7%), Livre (estável nos 0,8%) e CDS-PP.
Questionados sobre quem desempenha atualmente o papel de líder da oposição, 34% dos inquiridos apontaram para Rui Rio, mas 31% escolheram André Ventura, que se aproxima assim do social-democrata. Há um mês, destaca a análise do Diário de Notícias, eram 15 os pontos percentuais que os separavam neste sub-campeonato, agora são apenas 3 — o que não será necessariamente bom para nenhum deles, já que a apreciação global dos portugueses ao trabalho feito pela dita oposição, seja quem for que a encabece, é mais negativa (36%) do que positiva (22%). Catarina Martins, com 13%, Jerónimo de Sousa, com 4%, e João Cotrim de Figueiredo, com 2%, completam a lista — sendo de notar que Francisco Rodrigues dos Santos nem chega a conseguir entrar.
No que diz respeito à avaliação feita ao desempenho dos líderes partidários, só há uma nota positiva — a de António Costa, cujo trabalho desenvolvido foi considerado positivo por 54% dos inquiridos (17% dizem que foi negativo e 26% “assim-assim”). No espetro oposto, André Ventura ganha, com 64% dos portugueses a avaliar negativamente as suas intervenções — 14% consideram o seu trabalho positivo; valor mais baixo só mesmo o alcançado pelo líder do CDS-PP, com 13% de avaliações positivas, 36% negativas e 32% de “assim-assim”.
Voltando a Ventura, destaca o JN que os níveis de “rejeição” do líder do partido de extrema-direita são elevados em toda a amostra mas atingem valores maiores entre os eleitores acima dos 65 anos, os cidadãos com melhores rendimentos e os residentes na Área Metropolitana do Porto.
Neste top, Catarina Martins surge à frente de Rui Rio — a bloquista tem 27% de avaliações positivas, 31% de negativas e valor igual para os que a consideram nem bem, nem mal; nos mesmos pontos, o social-democrata alcança 23%; 33% e 34%.