Em condições normais, e à semelhança do que aconteceu com o Famalicão no Dragão, Sérgio Conceição estaria na bancada com o adjunto Siramana Dembelé e Vítor Bruno, número 2 da hierarquia da estrutura técnica, iria assumir o comando da equipa no banco. Com a suspensão do castigo de 21 dias, o treinador principal voltou à área técnica mas por várias ocasiões foi possível ver o seu adjunto a dar indicações como se fosse o número 1, sobretudo numa segunda parte em que as substituições colocaram mais risco ofensivo na equipa. Ato contínuo, foi também Vítor Bruno que passou pela zona de entrevistas rápidas da BTV no final do encontro.

O primeiro jogo em 5G foi decidido pelo VAR e “deu” o título ao Sporting (a crónica do Benfica-FC Porto)

“Foi um bom jogo de futebol, digno de ter adeptos na bancada. Essa é a primeira ilação que tiro. Foi um jogo muito competitivo, em que uma equipa foi mais forte do que outra durante 80 minutos. Na parte final, com uma vontade muito grande de querer chegar mais acima na tabela, arriscámos o que tínhamos de arriscar e o jogo acabou por partir um pouco. Aí podia ter caído para qualquer um dos lados”, começou por referir Vítor Bruno, antes de explicar a estratégia inicial dos azuis e brancos à luz da ausência do lesionado Jesús Corona.

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“Procurámos equilibrar por dentro com o Otávio, ficámos mais fortes no meio-campo com isso e fomos sempre muito letais na forma como abordámos a entrada no último terço. Conseguimos a espaços, faltou só alguma acutilância para definir melhor na primeira parte. Na segunda parte alinhámos pelo mesmo diapasão. Os jogadores foram enormes, é um orgulho muito grande, difícil descrever com palavras aquilo que sentimos por tê-los connosco. É isto, ficou o resultado, ficamos mais longe mas vamos lutar até ao fim”, destacou, antes de analisar também a entrada de João Mário para a direita que teria influência direta no empate dos dragões.

“Durante a semana procurámos introduzir algumas dinâmicas que parecem fazer sentido, foi uma das que foram trabalhadas durante a semana. Percebemos que havia dificuldade do lado esquerdo do adversário, tínhamos preparado a entrada do João [Mário]. Sabemos que é um ala de raiz mas entrou muito bem. Ele tem sido trabalhado defensivamente, para começar a ganhar mais raiz no momento defensivo, depois partimos o jogo, quando colocámos o Francisco [Conceição] em campo, um extremo que joga aberto, ousado, atrevido… Partimos um pouco o jogo. Podia ter caído para qualquer um dos lados”, disse, antes de admitir que a luta pelo título ficou naturalmente mais difícil mas deixando ainda uma mensagem para… a carreira na Champions.

“Está difícil, mas… Os jogadores têm fibra, têm grande vontade de ganhar. Para nós, no FC Porto, ficar em segundo ou terceiro é pouco relevante. Sim, há a Champions e os milhões que vêm daí, mas é pouco importante ficar em segundo ou terceiro quando este clube tem por hábito ganhar. Enquanto houver jogo até ao fim… A ideia que tem sido transmitida cá para fora, de que a equipa tem ficado aquém, é um pouco errada. O grande objetivo ficou comprometido mas na Champions ganhámos a uma equipa que está na final [Chelsea] e empatámos com o outro finalista [Manchester City], que tem um percurso com 11 vitórias. Isso demonstra um pouco a qualidade dos jogadores que temos no nosso plantel”, concluiu Vítor Bruno.