A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou esta terça-feira para “o risco acrescido” para a saúde pública dos festejos dos adeptos do Sporting, numa altura em que já estão concentradas milhares de pessoas junto ao estádio e sem respeitarem o distanciamento.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a DGS refere que participou num conjunto de reuniões promovidas pela Câmara Municipal de Lisboa e pelo Ministério da Administração Interna sobre a provável aglomeração de adeptos do Sporting Clube de Portugal em várias zonas urbanas do país e em particular na cidade de Lisboa, na sequência da eventual conquista do título nacional de futebol.
“Neste sentido, tendo em conta o risco acrescido para a saúde pública que estas eventuais celebrações podem representar, a DGS emitiu um conjunto de recomendações para as autoridades locais e forças policiais”, precisa a autoridade de saúde.
A DGS recomenda que sejam estabelecidas “todas as medidas de segurança necessárias à diminuição do risco inerente à provável presença de adeptos e simpatizantes em aglomerados, bem como seja incentivada a sensibilização da população para o risco que essa situação pode representar no contexto atual“.
A Direção-Geral da Saúde sublinha ainda que deve ser assegurada a articulação com as forças de segurança territorialmente competentes para o cumprimento das regras sanitárias atualmente em vigor, bem como encetar todos os esforços para evitar e dissuadir a existência de aglomerados, de forma não controlada”.
Milhares de adeptos do Sporting estão concentrados nas imediações do Estádio José Alvalade, em Lisboa, sem respeitar o distanciamento social, a poucas horas do início do encontro com o Boavista, que pode ditar o 19.º título de futebol.
O distanciamento social obrigatório para combater a pandemia de Covid-19 não tem sido respeitado, assim como a utilização de máscara.
Em conferência de imprensa esta terça-feira, a PSP apelou aos adeptos para cumprirem as regras, nomeadamente distanciamento social e uso da máscara, recordando que o consumo de álcool é proibido na rua porque a pandemia de Covid-19 não acabou.
Portugal Continental está desde 1 de maio em situação de calamidade, nível de resposta a situações de catástrofe mais alto previsto na Lei de Base da Proteção Civil, devido à pandemia de Covid-19, depois de ter passado por 12 períodos consecutivos de estado de emergência.
A pandemia da Covid-19 provocou, pelo menos, 3.306.037 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal morreram 16.994 pessoas dos 840.008 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.