As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica atingiram em março “a melhor marca de sempre”, com um crescimento homólogo de 46%, para 1.926 milhões de euros, projetando a associação setorial que 2021 poderá ser um ano recorde.
“Apesar de um ano de 2020 marcado por desafios sem precedentes, as exportações do Metal Portugal atingiram, neste mês de março, a melhor marca de sempre, com um valor que atingiu os 1.926 milhões de euros, representando assim um crescimento homólogo de 46%. Este crescimento acentuado contrapõe os constrangimentos ainda sentidos devido à pandemia da Covid-19 e acaba por compensar a quebra homóloga de 23,4% em 2020″, refere a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.
Impulsionado pelo bom resultado de março, o setor terminou o primeiro trimestre de 2021 com um crescimento homólogo acumulado das exportações de 11,8%, para um total de 5.120 milhões de euros.
Citado no comunicado, o vice-presidente da AIMMAP destaca que “foram alcançadas quatro das 10 melhores marcas de sempre das exportações do Metal Portugal em plena pandemia”, sendo este um “dado muito relevante para demonstrar a adaptação que as empresas do setor tiveram durante este período crítico”.
Com estes dados que possuímos hoje, acreditamos que o ano de 2021 será um ano de crescimento muito considerável para o setor e desejavelmente o melhor ano de sempre”, avança Rafael Campos Pereira.
De acordo com a AIMMAP, “embora este período de pandemia esteja a salientar um enorme esforço de diversificação de mercados para mercados extra comunitários”, as exportações para os mercados europeus continuam a representar “a grande fatia” das vendas externas do setor, com uma quota que atinge agora os 74%. No entanto, e “à semelhança dos meses anteriores, as exportações para mercados não tradicionais continuam a representar uma forte aposta do Metal Portugal, com mercados como Japão, Marrocos, Roménia, Austrália e China, entre outros”.
“Apesar do aumento exponencial do custo de transporte marítimo e da escassez e aumento do custo de matérias-primas, o Metal Portugal continua com uma tendência crescente face à indústria transformadora e à economia portuguesa”, sustenta a associação.