O “Madeira Digital Health and Wellbeing”, uma iniciativa que congrega projetos digitais nas áreas da saúde e do bem-estar, promove a partir desta segunda-feira um conjunto de demonstrações públicas, no Funchal, sobre a utilização da tecnologia na medicina.
“O principal objetivo passa por dar a conhecer os diversos serviços e soluções que têm vindo a ser desenvolvidos e instalados para cidadãos, empresas, hospitais, centros de saúde e outras entidades da área”, refere, em comunicado, o UNINOVA — Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias, responsável pela iniciativa.
O “Madeira Digital Health and Wellbeing” decorre desta segunda-feira até 28 de maio, no Fórum Madeira, no Funchal, aberto a residentes e turistas, que poderão assistir a demonstrações e atividades de educação, promoção e utilização da tecnologia para a saúde digital.
Globalmente, a iniciativa vai trabalhar como uma plataforma viva e catalisadora para a transformação digital através de partilha de conhecimento e permitindo o contacto direto com as tecnologias e experiências junto da população, turistas e com o tecido regional, contribuindo para a construção de uma comunidade vibrante e interativa de cidadãos, profissionais de saúde e fornecedores tecnológicos”, indica o UNINOVA.
No dia 26 de maio, quarta-feira, os visitantes poderão assistir ou participar em atividades de educação para a saúde digital e, no dia 27, haverá uma sessão dedicada a fisioterapeutas e profissionais do desporto. No mesmo dia, será feita uma apresentação para o tecido empresarial de oportunidades de financiamento e inovação a nível europeu.
Para o dia 28 de maio, sexta-feira, está prevista uma sessão dedicada a clínicos e profissionais de saúde, com apresentação e demonstração de projetos em telemedicina (ICU4COVID), partilha de dados de saúde (Smart4Health) e suporte ao envelhecimento saudável (Smart Bear).
Estes projetos colocam região não só na linha da frente da inovação a nível nacional e europeu, mas também como um caso real de integração da saúde e bem-estar digitais”, refere o UNINOVA.
O ICU4COVID, por exemplo, já está em funcionamento na Madeira. O sistema permite o acompanhamento de doentes à distância e é tido como “solução inovadora” no contexto da pandemia de Covid-19, sendo que o objetivo é promover a criação de diversos eixos de telemedicina aplicada aos cuidados intensivos, espalhados pelo mundo.
O projeto envolve 20 unidades hospitalares em vários países europeus e representa um investimento global de 10,4 milhões de euros, financiado a 100% pelo programa comunitário Horizonte 2020. A Madeira foi escolhida para a implementação do projeto-piloto ao nível nacional, com a ligação de nove camas – quatro em cuidados intensivos e quatro no serviço de urgência, no Hospital do Funchal, e uma no centro de saúde do Porto Santo — a um cockpit de monitorização central.
O “Madeira Digital Health and Wellbeing” contempla também projetos na área dos dispositivos digitais de apoio à terceira idade e do registo digital de saúde, como é o caso do Smart4health, que visa criar um registo digital dos utentes interoperável ao nível europeu, de forma que possa ser acedido por qualquer serviço de saúde.