O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, sublinhou esta sexta-feira que o plano de três mil milhões de euros para apoiar uma Bielorrússia democrática, apresentado pela Comissão Europeia ao Conselho, será ativado quando aquele país iniciar a transição.
“Este plano de três mil milhões de euros reflete o compromisso da União Europeia [UE] de apoio ao povo da Bielorrússia, o desejo de uma transição democrática pacífica, e será ativado quando a Bielorrússia iniciar uma transição democrática”, frisou o Alto Representante da UE para a Política Externa em conferência de imprensa, após a reunião ministerial de Defesa, em Lisboa.
Nas palavras de Josep Borrell, o plano apresentado pelo executivo comunitário servirá “para apoiar a Bielorrússia a estabilizar a sua economia, reformar as suas instituições, aumentar a sua resiliência económica, o seu potencial de crescimento e tornar o país mais democrático”. Esta proposta de apoio, afirmou, “não será um forte encorajamento” ao Presidente bielorrusso, Aleksander Lukashenko.
Não creio que Lukashenko ficará muito feliz com isto ou apoiará este processo. É por isso que mostramos o nosso apoio à Bielorrússia em tornar-se um país democrático”, realçou.
Josep Borrell falava do programa anunciado esta sexta-feira de manhã em Bruxelas de apoio económico a uma Bielorrússia democrática de até três mil milhões de euros. A porta-voz da Comissão Europeia para as áreas da cooperação internacional e desenvolvimento, Ana Pisonero, apontou na altura que “este pacote substancial de investimento é composto por uma mistura de subvenções e empréstimos, alavancando a cooperação de investimentos públicos e privados com as instituições financeiras internacionais”.