O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou este domingo que os EUA restauraram a presença no panorama mundial, qualificando de “reunião extraordinariamente colaborativa e produtiva” a cimeira do G7 que decorreu em Carbis Bay, no sudoeste de Inglaterra.
Ao encerrar três dias de encontros com líderes de alguns dos países mais poderosos do mundo e reatar laços com os aliados, Biden disse ter sentido um “entusiasmo genuíno” com a sua participação.
“A América está de volta ao trabalho de liderar o mundo ao lado de nações que partilham os nossos valores mais próximos”, vincou Biden, numa conferência de imprensa após o fim do encontro.
“Penso que fizemos progressos no restabelecimento da credibilidade americana entre os nossos amigos mais próximos”, acrescentou ainda.
Durante a cimeira, encontrou-se bilateralmente com a maioria dos líderes e foi visível a boa disposição, nomeadamente com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
O G7 “voltou às origens”, mas será que ainda tem um papel decisivo?
Biden rompeu também com o protocolo ao assistir a uma missa na manhã de este domingo numa igreja católica local juntamente com a esposa, Jill Biden, surpreendendo os residentes.
Naquela que que é a primeira grande viagem ao estrangeiro desde a entrada em funções, em janeiro, o Presidente impressionou ao anunciar o compromisso de doar 500 milhões de doses da vacina contra a covid-19 a países desfavorecidos.
Também fez pressão para que a declaração conjunta dos líderes incluísse uma linguagem específica criticando o uso de trabalho forçado e outros abusos dos direitos humanos pela China e conseguiu ver aprovado o imposto mínimo de 15% sobre empresas multinacionais que ele propôs.
Sobre a Rússia, prometeu no domingo que será “muito claro” com seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre as divergências quando se encontraram pela primeira vez na quarta-feira, reconhecendo que as relações EUA-Rússia estão atualmente “no seu nível mais baixo”.
“Não se trata de um concurso para ver quem é o melhor numa conferência de imprensa para tentar humilhar o outro, trata-se de indicar muito claramente quais são as condições a serem preenchidas para se conseguir um relacionamento melhor com a Rússia. Não estamos à procura de conflito”, disse Biden aos jornalistas.
O Presidente dos EUA deixou também claro de que a defesa de um aliado da NATO atacado, prevista no Artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte, continua a ser uma “obrigação sagrada” e que a organização é “vital” para a capacidade de “preservar a segurança de os Estados Unidos até o final do século”.
Após a conferência de imprensa, Biden vai viajar até ao Castelo de Windsor para uma audiência privada com a rainha Isabel II, o 13.º presidente encontrar-se com a monarca de 95 anos durante seu reinado de 69 anos.
Segue depois para Bruxelas, para reuniões com líderes da NATO e da União Europeia antes de uma cimeira com o Presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira, em Genebra.