Fernando Medina assegurou este domingo que a auditoria pedida com carácter de urgência na sequência do envio de dados pessoais de ativistas anti-Putin (dois deles com dupla cidadania, russa e portuguesa) será conhecida nos “próximos dias”.

O inquérito — que se estende a todas as manifestações realizadas desde 2011 — será apresentado “publicamente e de forma clara”, assegurou presidente da Câmara de Lisboa.  O autarca garantiu ainda que “na sequência da auditoria” serão tomadas “as medidas para assegurar que não se volte a acontecer nesta câmara”.

Ainda assim, o socialista voltou a afastar o cenário de demissão e atacou os adversários políticos. “Não ficarão sem resposta”, atirou, referindo-se às acusações “torpes” e “delirantes” de que foi alvo.

“Direi o que tenho a dizer sobre esta campanha de ataques, de insultos, de ignomínia que tem sido feita à CML, ao presidente da CML, que também não ficarão sem resposta. Se há erros que são lamentáveis e não se podem repetir, também acho inaceitável esta campanha de insultos, de ataques. Da mesma forma que reconhecemos erros, não aceitamos insultos ignóbeis”, disse.

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Arraial Liberal deu “sinal contrário”

Em declarações aos jornalistas à margem da a inauguração do novo Parque Urbano Gonçalo Ribeiro Telles, parte do projeto de requalificação da Praça de Espanha, Medina elogiou ainda o comportamento “exemplar” dos lisboetas na noite dos Santos Populares.

“No momento em que a pandemia dá sinais de crescer na cidade de Lisboa, assistimos a um comportamento exemplar da generalidade das pessoas que contiveram a alegria e a vontade de festejar os Santos Populares por um bem maior”, sublinhou.

Já sobre o arraial organizado pela Iniciativa Liberal, o autarca não poupou críticas à forma como o partido explorou o direito à manifestação previsto na lei.

“Foi utilizada da forma que se viu por um partido político, que atuou em exceção e de forma contrária ao que vimos por toda a cidade. Toda a cidade compreendeu a exigência do momento, a necessidade de fazer mais um esforço até à vacinação estar mais adiantada. Um partido político decidiu dar um sinal contrário, não cumprindo regras da DGS, procurando fazer de um festejo à revelia de qualquer regra um exemplo”, condenou Medina.