Sem câmaras que captem o quilómetro 77 da A6 — o local onde o carro em que seguia Eduardo Cabrita atingiu um trabalhador que fazia a manutenção — dentro da Brisa parece haver para já uma certeza, que vem desmentir a versão avançada oficialmente pelo Ministério da Administração Interna (MAI) a 19 de junho, um dia após o acidente: os trabalhos na via estavam sinalizados.
Na altura, o MAI esclareceu que “não havia qualquer sinalização que alertasse os condutores para a existência de trabalhos de limpeza em curso”. E adiantava que o “trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da autoestrada”.
No entanto, uma fonte da Brisa disse à SIC, uma informação entretanto confirmada pelo Observador, que esta informação divulgada não corresponde à verdade, dado que o local estava devidamente sinalizado.
Confrontado esta tarde com a divergência de versões, o MAI respondeu mais tarde que, “estando a decorrer um inquérito pelo Ministério Público, […] não tem nada a acrescentar aos esclarecimentos públicos já prestados”. E acrescentou: “Isto vale para a velocidade e para a questão da Brisa”.
O Observador sabe ainda que os detalhes em que o acidente se deu ainda não são totalmente claros, até pelo lado em que o carro ficou amolgado, sendo que a ausência de uma câmara a captar as imagens daquele quilómetro em concreto é um dos aspetos que não tem ajudado.
Recorde-se que a Brisa era responsável pela manutenção da estrada, tendo subcontratado a empresa Arquijardim, para a qual trabalhava a vítima.
Notícia atualizada às 00h55 com a resposta do Ministério da Administração Interna.