Cento e quarenta obras de autores portugueses vão ser abrangidas pela Linha de Apoio à Tradução e Edição (LATE), numa iniciativa que envolverá 42 países e perto de 100 editoras, foi esta quinta-feira anunciado.

Segundo um comunicado conjunto do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), esta segunda edição da LATE contempla um apoio financeiro “de mais de 240.000 euros” e irá promover a internacionalização de autores de língua portuguesa a traduzir para 37 línguas.

O espanhol é a língua mais representada, com 28 traduções, seguida do italiano, com 14, e do inglês, com 10. Nas 150 candidaturas submetidas à apreciação da comissão técnica da LATE, a Itália, a Colômbia e o México foram os países que apresentaram mais candidaturas.

Azerbaijão, Cabo Verde, Índia, Indonésia, Iraque, Japão, Líbano e Timor-Leste são países que aderiram pela primeira vez ou que não costumam constituir presença regular nos programas de apoio à edição e tradução no estrangeiro de obras da literatura portuguesa”, acrescentou o texto.

Segundo o comunicado, dez das candidaturas apoiadas integram a lista de obras referenciais estabelecida em 2021 pela comissão técnica, destacando-se autores como Hélia Correia, Fiama Hasse Pais Brandão, Maria Velho da Costa, Djaimilia Pereira de Almeida, Yara Monteiro, Soeiro Pereira Gomes, David Machado e Joaquim Arena.

Fernando Pessoa, Gonçalo M. Tavares, João Luís Barreto Guimarães, José Eduardo Agualusa, Lídia Jorge e José Luís Peixoto estão entre os escritores que mais interesse suscitaram nos editores estrangeiros, a par de clássicos como Camões, Eça de Queirós, Florbela Espanca ou Camilo Castelo Branco, e de escritores contemporâneos como Bruno Vieira Amaral, Isabela Figueiredo, João Tordo, António Lobo Antunes, Afonso Cruz, Ondjaki e Paulina Chiziane.

A LATE é uma iniciativa da DGLAB e do Instituto Camões e a sua comissão técnica é composta por representantes destes dois organismos e por representantes da Associação Portuguesa de Escritores e da Associação Internacional de Lusitanistas. No ano passado, esta linha de apoio abrangeu mais de 150 projetos editoriais de editoras de 44 países.

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