A EDP prevê investir 640 milhões de euros em projetos que contribuem para a transição energética em Portugal, nos próximos cinco anos, dos quais perto de 150 milhões avançam já este ano, disse à Lusa fonte oficial da elétrica.

“A EDP prevê investir 640 milhões de euros em projetos que vão contribuir para o desígnio da transição energética em Portugal, ao longo dos próximos cinco anos”, anunciou fonte oficial da EDP. Deste investimento, precisou, perto de 150 milhões de euros vão avançar já este ano.

Este investimento insere-se no plano estratégico apresentado ao mercado em fevereiro, que prevê 24.000 milhões de euros para a transição energética até 2025, dos quais 19.200 milhões de euros (80%) em energias renováveis até 2025, que inclui tecnologias eólica, solar, hidrogénio verde e armazenamento de energia.

“Este crescimento só é conseguido graças a esta estratégia ambiciosa e que não seria possível sem uma normal rotação de ativos”, afirmou a empresa, que tem uma estratégia de rotação de ativos num total de 8.000 milhões de euros, no âmbito da qual foi recentemente anunciada a venda de ativos eólicos nos Estados Unidos.

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A EDP apontou, ainda, que este investimento de 640 milhões de euros vai corresponder a um aumento superior a 700 megawatts (MW) distribuídos por 23 projetos de geração limpa, por todo o país. De entre os projetos já aprovados e em desenvolvimento, a EDP destaca o pacote de cinco projetos que combinam energia solar e eólica, num total 30 MW e com um investimento associado de 16 milhões de euros, cujo arranque da construção está previsto para este ano, no Sabugal, Aljezur, Peniche e Loures.

A empresa salientou também o projeto Solar Cerca, de 142 MW que advém do leilão de solar realizado em 2019 e que deverá iniciar a construção em 2022, no Ribatejo, com um investimento de 93 milhões de euros, e, ainda, o projeto do parque solar flutuante com mais de 12.000 painéis fotovoltaicos na albufeira da barragem do Alqueva, com um investimento de seis milhões de euros e capacidade de produção anual de sete gigawatt-hora.

O projeto do Alqueva tem a instalação dos painéis e dos flutuadores prevista para o verão, esperando-se que comece a produzir energia ainda este ano.