A cerimónia de entrega do Prémio Emanuel Rodrigues ao ex-presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, marcada para segunda-feira, e que contava com a presença do Presidente da República, foi adiada, por indisponibilidade do agraciado.

Marcelo Rebelo de Sousa desloca-se na segunda-feira à Madeira para os 45 anos da instalação da Assembleia Regional e iria estar presente na entrega do prémio, instituído pela Assembleia da Madeira, mas Alberto João Jardim alegou “indisponibilidade” por estar em gozo de férias, e a iniciativa foi adiada, informou o parlamento regional.

Assim, Alberto João Jardim deverá receber o prémio das mãos do atual presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, o centrista José Manuel Rodrigues, em data ainda a anunciar.

Este prémio tem o valor monetário de 5.000 mil euros, verba que o ex-governante informou abdicar a favor de uma instituição de solidariedade social a indicar pelo júri e que este considere “pertinente”.

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O júri deste prémio é presidido pela vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e deputada do PSD Rubina Leal, José Júlio Fernandes (escultor) e Madalena Nunes (vereadora da Câmara Municipal do Funchal), que deliberaram atribuir esta distinção a Alberto João Jardim.

Rubina Leal, que é a principal mentora deste prémio justificou a decisão, argumentando que o antigo governante é uma “figura, absolutamente incontornável na história da Região Autónoma da Madeira, na construção da Autonomia” e um “reflexo na identidade regional”.

Este prémio visa homenagear o primeiro presidente da Assembleia da Madeira e “tem como objetivo distinguir cidadãos e/ou instituições que tenham efetuado trabalhos no âmbito académico, literário, histórico, científico, artístico ou jornalístico, que relevem a importância da Autonomia e da identidade regional”, revelou o júri.

Nesta primeira edição, foram apresentadas oito propostas, por seis entidades, nomeadamente o Governo Regional da Madeira, a Universidade da Madeira, a Associação de Municípios da RAM, a Associação de Promoção da Madeira, a Delegação Regional da Madeira da Sociedade Portuguesa de Autores e a Direção Regional do Sindicato dos Jornalistas.

“O mérito da ação desenvolvida pelos cidadãos e instituições propostas é inegável. É com satisfação, e com elevada responsabilidade, que os elementos do júri analisaram as propostas das seis entidades”, escreveu Rubina Leal na nota que informava a escolha.

A entrega do prémio era um dos eventos que constava do programa comemorativo dos 45 anos da instalação da Assembleia Regional, que inclui ainda uma sessão solene e a inauguração de uma escultura que visa demonstrar o apreço dos madeirenses por todos os que estiveram na linha frente no combate à pandemia da covid-19.