O presidente e recandidato à autarquia de Cascais, Carlos Carreiras vai recorrer da decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE) que lhe ordenou que removesse “todos os conteúdos alusivos à atividade do autarca da sua página da rede social Facebook” na sequência de uma queixa apresentada pelo Núcleo Territorial de Cascais da Iniciativa Liberal.
Presidente da Câmara de Cascais obrigado pela CNE a remover conteúdos do Facebook
A decisão foi tomada a 22 de julho, mas só foi divulgada esta quinta-feira pelo Iniciativa Liberal de Cascais que concorre à autarquia com Miguel Barros. “Agora, em 2021, este é mais um exemplo do desrespeito pela lei por parte de Carlos Carreiras, em que Rui Rio é cúmplice com o seu silêncio e permitir este comportamento por parte de um autarca do PSD”, apontou o candidato liberal à autarquia.
Na resposta, a Coligação Viva Cascais — pela qual Carreiras se recandidata às eleições de 26 de setembro — afirmou que decisão da CNE é insólita e inconstitucional e já esta sexta-feira Carlos Carreiras confirmou ao Observador que recorrerá da decisão tomada pela Comissão Nacional de Eleições para o Tribunal Constitucional e para a Provedoria de Justiça.
Carlos Carreiras acusa ainda a CNE de ser “manifestamente partidarizada e governamentalizada” e de “falta de independência” apontando a “coligação de esquerda com o governo” de terem tomado a decisão perante a ausência “do representante do PSD e do CDS, que está de férias”. “Só a esquerda votou aquilo, aliada com a Iniciativa Liberal”, aponta o edil.
https://www.facebook.com/CarlosCarreiras/posts/4169409639832633
“Há funções que são de interesse público. Que eu saiba sou o único presidente de câmara que está permanentemente a dar conta dos números da Covid-19 de recuperados, mortes, do processo de vacinação, dos testes efetuados nos pontos de testagem, etc., para as pessoas estarem informadas”, justifica Carlos Carreiras sobre o conteúdo das publicações que faz na rede social.
Ao Observador o autarca diz que passará, a partir desta sexta-feira a fazer uma publicação diária onde deixará claro que foi “censurado” e que encaminhará os mais de 40 mil seguidores da página pessoal para a da coligação Viva Cascais, pelo qual é recandidato à liderança da autarquia cascalense.