Como qualquer ser vivo, o Homem sempre colocou a sua sobrevivência em prioridade e a alimentação é um dos pilares principais. Nos primórdios da história, a experiência foi o que mais contou para formar hábitos alimentares. O homem era nómada e recoletor. Primeiro, colhia o que a Natureza lhe ia oferecendo. Mais tarde, também caçava e pescava. O aspeto, a facilidade de acesso e o sabor ditavam as preferências. Os eventuais efeitos indesejados iam eliminando a procura por certos alimentos. Provavelmente, os benefícios eram pouco sentidos e certamente ignorados. Duvidamos que, na pré-história, alguém soubesse, por exemplo, que as amoras e os mirtilos tinham efeito antioxidante.

Até à descoberta do fogo, obviamente, tudo era comido cru. Mas, ao dominar as chamas, entre 200.000 e 150.000 anos antes de Cristo, a humanidade aprendeu a cozinhar. Curiosamente, podemos concluir que um simples ovo mexido resulta de uma evolução com centenas de milhares de anos.

Culinária e cérebro humano

A culinária marca a evolução do próprio Homem. Não se trata apenas de passar a ter comida quente ou mais suculenta. Ao passarem pelo fogo, os alimentos tornaram-se mais seguros, menos deterioráveis e, sim, mais apetecíveis por serem mais fáceis de mastigar. Mas o resultado mais significativo desta mudança alimentar foi o crescimento do cérebro humano. Uma vez cozinhados, os alimentos fornecem mais energia. O Homem, que gastava muito tempo à procura de comida, passou a ter mais tempo livre para as atividades sociais, o que terá favorecido o aumento do número de neurónios. Isto é o que afirmam os estudos de Suzana Herculano-Houzel e Karina Fonseca-Azevedo, neurocientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ao descobrirem que o baixo teor calórico da comida crua impõe limites severos ao desenvolvimento do corpo e do cérebro. É caso para dizer: bendito fogo!

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Alimentação segura e inteligência

Comparar o que comiam os nossos antepassados de há milhares de anos com as nossas refeições, é contemplar a imensa evolução por que os regimes alimentares dos humanos já passaram. Hoje existem métodos de conservação testados em laboratório. Mas, na idade média foi preciso desenvolver processos para descobrir como preservar os alimentos: desidratar, salgar, fermentar, produzir queijos, vinhos e conservas. Para isso, sal, açúcar, vinagre e cloro aliavam-se ao vento e ao sol a fim de garantir comida em tempos de vacas magras.

Sabor e investigação

Mais tarde, este Homem cada vez mais inteligente descobre novas terras e, com elas, as especiarias. Pimenta, noz moscada, gengibre e canela vinham das Índias para os pratos da nobreza que se deliciava com os novos sabores e os alimentos tornavam-se mais seguros graças ao poder de preservação destas ervas e pós.

Nos séculos XVII e XIX aparecem os enlatados, é descoberta a pasteurização e cada vez mais se incentiva a investigação alimentar.

O Homem evoluiu de forma abismal mas a sua sobrevivência ainda está intimamente ligada à sua alimentação. Enquanto o Homem das Cavernas tinha uma expetativa de vida de cerca de 30 anos, hoje podemos viver mais de oito décadas. No entanto, se por um lado temos uma infinidade de alimentos seguros à disposição, aquilo que comemos tornou-se também numa preocupação por poder causar doenças e, literalmente, roubar qualidade à nossa vida. Hoje, nutricionistas, fisiologistas e investigadores de todo o mundo aliam-se a programas governamentais de incentivo à alimentação saudável, tal como muitas empresas de iniciativa privada, que visam descobrir novos processos e alimentos a bem da saúde das populações.

Inovação alimentar no século XXI

Hoje, o mercado da alimentação rege-se por rigorosos critérios de qualidade, o que não impede a busca por novos produtos e técnicas de preparo. Um dos exemplos mais recentes é a introdução da quinoa, antes quase desconhecida e hoje apreciada em quase todas as casas de Portugal.

Procurar e colocar no mercado alimentos e produtos alimentares seguros, saudáveis e nutritivos é a razão de ser do Continente Food Lab, um reflexo da aposta constante na inovação alimentar da organização. Em poucas palavras, o Food Lab permite que experimentemos aqui e agora, a alimentação do futuro, testada e aprovada em termos de qualidade, sabor e segurança. Sobretudo, é um conceito pioneiro que mantém a marca Continente e o consumidor português na vanguarda da alimentação saudável.


Insetos no seu prato? Porque não?

A inovação sempre causou estranheza e comer insetos pode não ser a coisa mais natural do mundo para um português. No entanto, há insetos que fazem parte da dieta de vários povos e a ciência já comprovou o seu valor: os insetos são a proteína do futuro. Criados em ambiente controlado, têm tudo para complementar com vantagem a alimentação de todas as pessoas. Existem pelo menos sete tipos de insetos já regulamentados para a alimentação em Portugal e muitos alimentos já os incluem como ingrediente. Se comer insetos lhe causa estranheza, pense nos caracóis que, para tantas pessoas à sua volta, são um verdadeiro petisco. E abra as suas refeições ao futuro que está mesmo a chegar. Pode saber mais no site Food Lab e procurá-los nas seguintes  lojas Continente: Continente Matosinhos; Continente Colombo; Continente Gaia Shopping; Continente Gaia Jardim; Continente Telheiras; Continente Oeiras; Continente Vasco da Gama; Continente Cascais; Continente Antas, Continente CoimbraShopping, Continente Labs e Continente Online. Existem snacks, farinha e incorporados nas receitas de chocolates e outros produtos nutritivos e amigos do ambiente.