“E se corre bem?” Alexandre Poço recusa a ideia de que a vitória de Isaltino Morais em Oeiras está garantida e vai “dar tudo por Oeiras” para demonstrar que há uma alternativa no município. “Nada é eterno, não há terras nem sítios de um homem só”, disse na apresentação da candidatura, numa referência ao atual presidente da autarquia.
E para mostrar que está na luta, o também presidente da Juventude Social Democrata (JSD) saltou de avião para anunciar o que se prepara para oferecer ao município de Oeiras. Da mobilidade, à saúde, à educação e às creches gratuitas, Alexandre Poço destapou alguns dos propósitos que estarão presentes no programa para a autarquia, entre eles a garantia de transporte escolar gratuito e elétrico, a promessa de alcançar emprego pleno até ao final do mandato, de construir um concelho neutro em carbono até 2030 e a criação de uma rede de creches gratuitas.
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Foi num rooftop no Jardim dos Poetas que Alexandre Poço fez a apresentação de candidatura à Câmara Municipal de Oeiras. Num ambiente descontraído, sem papel nem púlpito, o social-democrata tinha na plateia nomes como David Justino, vice-presidente do PSD, a deputada Isabel Meireles e Miguel Pinto Luz, vice-presidente de Cascais e adversário de Rio nas últimas diretas.
Na sua intervenção, Poço fez questão de frisar que “na política não há inevitabilidades”. “Não estamos condenados a ter de fazer uma campanha de derrotados, sem ambição. Hoje, Oeiras tem de ter uma capacidade de competir a nível nacional, capacidade de demonstrar que quando estado falha municípios possam agir”, afirmou o candidato social-democrata.
O arranque de campanha que deu que falar
Durante a semana, Alexandre Poço lançou os cartazes da campanha às eleições legislativas pelas ruas de Oeiras e a ação de campanha deu que falar, tanto que se tornou um assunto trending no Twitter em poucas horas.
O candidato que é cabeça de lista da coligação PSD/MPT a Oeiras surgiu de fato, sem gravata, deitado de perna cruzada, a posar para a fotografia e de sorriso no rosto. Noutros cartazes do género surge ainda a fingir ter uma arma na mão e a imitar o James Bond. O objetivo? O próprio mote da campanha: “A dar tudo por Oeiras.”
Em declarações ao Observador, Alexandre Poço contou que tinha em mente “dois desafios” para a campanha, primeiro “contrariar a ideia pré-estabelecida de que esta é uma missão impossível” e segundo “provar que os políticos não são todos iguais” e que é possível a geração de que faz parte “intervir na política com alguns códigos culturais próprios do nosso tempo”. Foi o que fez ao usar uma linguagem informal ao longo de todo o site, com o intuito de “colorir o cinzentismo e romper com o banal”.
Pelo caminho, uma farpa aos colegas de percurso e até de direita: “Já temos políticos suficientes a levarem-se demasiado a sério, nomeadamente à direita.”
O social-democrata quis fazer diferente, mostrar que “é de carne e osso” e que tem “sentido de humor” e justifica-o com o facto de as pessoas estarem “cansadas de votar em retratos feitos”.
Confrontado com o risco de este tipo de iniciativas poder ser interpretado como uma desvalorização ou banalização da política, Alexandre Poço recusou a ideia de que se trata de que este tipo de iniciativas se traduzam em ligeireza. “Eu não brinco com Oeiras nem com o meu país”