Dois navios das ONG ResQ People e Doctors without Borders (MSF) que transportam 379 migrantes resgatados em várias operações de salvamento nas últimas 24 horas no Mediterrâneo central solicitaram um porto para desembarcar.
Na sua primeira missão, a Organização não Governamental (ONG) italiana ResQ People salvou 85 pessoas na sexta-feira e na tarde de domingo realizou mais três resgates, num total de 165 pessoas.
Localizaram também um barco com 20 homens e crianças a bordo, uma barcaça com 49 pessoas, com 21 mulheres e 12 crianças, cinco delas menores de cinco anos, e outro pequeno barco de madeira com 12 migrantes.
“Temos 165 pessoas resgatadas a bordo e pedimos às autoridades marítimas um porto seguro, esperando recebê-lo imediatamente: são 165 pessoas que devem desembarcar o mais rápido possível”, escreveu a ONG nas redes sociais.
Também no domingo outro navio, o Geo Barents, operado pela Médicos sem Fronteiras, resgatou naquela área “189 pessoas que viajavam num barco lotado.
Com Malta a não responder aos pedidos de autorização de desembarque, Itália está a assumir todo o fluxo de migrantes que cruzam o Mediterrâneo vindos do Norte da África.
Na semana passada, cerca de 2.000 migrantes resgatados pela Guarda Costeira italiana chegaram a Itália quando estavam a poucos quilómetros da ilha de Lampedusa, enquanto outros 800 foram resgatados por navios de ONG e após vários dias desembarcaram em portos sicilianos.
Desde o início do ano, 32.806 migrantes desembarcaram em Itália, em comparação com 15.406 em 2020 e 4.265 em 2019.
De acordo com estatísticas publicadas num novo relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 896 pessoas morreram quando tentavam chegar a Itália no primeiro semestre de 2021.