O comércio internacional de mercadorias das 20 maiores economias do mundo (G20) atingiu um novo recorde no segundo trimestre, impulsionado pelo aumento do preço das matérias-primas, embora tenha desacelerado ligeiramente face ao trimestre anterior, informou esta terça-feira a OCDE.

Em comunicado, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que as exportações do G20 cresceram 4,1% entre abril e junho, relativamente ao trimestre anterior, enquanto as importações aumentaram 6,4%.

Esta evolução representa uma desaceleração face aos valores do primeiro trimestre, em que os aumentos foram de 8,6% e 8,5%, respetivamente.

A OCDE sublinha que no segundo trimestre, tal como no primeiro, o encarecimento dos produtos de base (matérias-primas) explica, em grande parte, esta expansão, numa altura em que a congestão dos transportes internacionais e os problemas de abastecimento de semicondutores acentua a pressão sobre os preços.

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Segundo nota, os países que mais dependem da comercialização de matérias-primas são os que mais beneficiam neste cenário.

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De abril a junho, as exportações da Austrália (impulsionadas pelos cereais, metais e carvão) aumentaram 10%, as do Brasil (graças aos minérios de ferro e soja) subiram 29,4% e as da Rússia (dinamizadas pelo gás e petróleo) cresceram 30,7%.

Na América do Norte, o volume do comércio internacional atingiu um novo recorde histórico: Nos Estados Unidos, as exportações cresceram 6,8% e as importações 4,2%, no Canadá 4,7% e 3,6%, respetivamente, e, no México, 3,3% e 5,1%.

No Velho Continente, a União Europeia aumentou as exportações em 2,8%, com destaque para o setor aeronáutico, produtos agrícolas e medicamentos devido à forte procura, principalmente da China. Já as importações aumentaram 5,7%.