O cabeça de lista do CDS-PP à Câmara da Figueira da Foz disse esta quarta-feira que espera conquistar eleitorado indeciso nestas eleições através de medidas para aumentar população e novos postos de trabalho neste concelho do distrito de Coimbra.
“O nosso programa prevê conquistar 11 mil novos habitantes e sete a 10 mil novos empregos em oito anos”, afirmou Miguel Matos Chaves à agência Lusa no segundo dia da campanha eleitoral para as eleições autárquicas de dia 26.
Atento aos resultados das últimas sondagens, o candidato centrista sublinhou que pretende conquistar “eleitorado flutuante que está farto de ver a Figueira a definhar” e quer “buscar uma fatia” dos votos aos 30% de eleitores indecisos, apelando ao voto dos abstencionistas, que em 2017 representaram 50% do eleitorado, e aos eleitores para “deixarem de votar nos clubes e votarem nos projetos” propostos.
O objetivo do CDS-PP passa por “eleger um vereador” para “conseguir ter voz ativa, ser o provedor dos figueirenses e impor as suas ideias”.
A candidatura, que concorre pela primeira vez sem coligações com outras forças políticas, propõe-se a devolver aos cidadãos cinco milhões de euros de impostos, com a redução de 0,4% para a taxa mínima de 0,3 % da taxa do imposto municipal sobre imóveis (IMI), em 2022, e a devolução de 2,5% do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS).
Outras medidas passam por voltar a ter maternidade na Figueira da Foz e conseguir criar uma unidade de cuidados paliativos.
A pensar na criação de novos postos de trabalho, tem propostas que passam pela atração de novos investimentos, através da requalificação integral da Linha do Oeste e das ligações ferroviárias a Coimbra, da expansão do porto de pesca, “para atrair iates transatlânticos”, pela criação de duas novas zonas industriais no Pincho e Alhadas, pela redução da derrama nos primeiros três anos de atividade e pela desburocratização de processos de licenciamento.
Na Figueira da Foz, concorrem Bernardo Reis (CDU), Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), Pedro Santana Lopes (independente) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.
O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD, sendo que o partido retirou a confiança política a dois dos seus vereadores.