O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) à Câmara de Leiria, Marcos Ramos, defendeu esta terça-feira, em declarações à agência Lusa, a criação de um portal municipal da habitação e a criação e um cheque saúde.
Depois de um contacto com a população de Leiria para distribuir o seu programa à Câmara de Leiria, Marcos Ramos constatou que o “problema da habitação é um problema de oferta“.
Não há oferta suficiente no mercado, os preços sobem e depois as pessoas não conseguem comprar ou arrendar. A quantidade de imóveis devolutos que existe, uns públicos outros sem ser públicos, devem ser mapeados e identificados. Defendemos um portal municipal que tenha esses imóveis públicos e privados disponíveis para os vender e para investimento”, adiantou.
Esse portal iria permitir que eventuais interessados em “investir num desses imóveis” aparecessem e “dessa forma também estimular o mercado”.
“Ou seja, de alguma forma fazer o mercado funcionar saindo da frente. A nossa proposta é a simplificação e agilização de processos”, sublinhou o candidato, que alertou para o tempo de licenciamento dos projetos de arquitetura.
Marcos Ramos considerou “inaceitável” que uma pessoa “que queira construir uma casa ou renovar esteja três anos à espera de um licenciamento”.
“Tudo isto provoca constrangimentos no mercado de arrendamento e de habitação e depois faz subir os preços. A simplificação e a aceleração deste processo é essencial, sem atalhar, para que as coisas sejam aprovadas mais rapidamente e aumentar a oferta no mercado, fazendo baixar os preços”, destacou.
Criticando as propostas de “outros” que defendem os “preços controlados ou regulados”, Marcos Ramos entende que “isso não vai resolver nada”, pois “o mercado não existe”.
“Há que estimular esse mercado e a câmara se tem um papel a desempenhar aí, deve desempenhá-lo”, insistiu, considerando necessária “uma redução de IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] para estimular a reabilitação de imóveis devolutos”.
Marcos Ramos defendeu ainda a criação de um “cheque saúde municipal” para as pessoas que “esperam muito tempo para consultas e cirurgias urgentes” no Serviço Nacional de Saúde.
Seria disponibilizado às “pessoas mais necessitadas” para “garantir uma igualdade no acesso” à saúde, seja no setor “privado, cooperativo ou no social”.
O candidato desafiou ainda a lutar para que o Centro Hospitalar de Leiria “passe a hospital central”, pois tem “diferenças em termos de financiamento”. Seria “muito importante para fazer o hospital crescer, porque está claramente a exceder a sua capacidade instalada”, rematou.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, o PS manteve a liderança da Câmara de Leiria, conquistando oito mandatos, enquanto o PSD obteve três.
São também candidatos à Câmara de Leiria nas eleições autárquicas de dia 26 o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes (PS), Pedro Machado (PAN), Luís Paulo Fernandes (Chega), Álvaro Madureira (PSD), Luís Miguel Silva (BE), Fábio Seguro Joaquim (CDS-PP/MPT), Filipe Honório (Livre) e Sérgio Silva (CDU).