O cabeça de lista do PS à Câmara da Guarda, Luís Couto, disse esta quarta-feira que espera ser eleito presidente da autarquia nas eleições de domingo e assim recuperar o município que em 2013 passou para o domínio do PSD.
“Sim, recuperar a [presidência] da Câmara. A nossa intenção e a nossa ideia é essa mesmo. E achamos que com o crescimento da candidatura, das pessoas que se estão a juntar e a envolver, é possível recuperar a Câmara. Pensamos que poderemos, no domingo, sair vitoriosos desta eleição”, disse Luís Couto à agência Lusa, à margem da apresentação do programa eleitoral para os próximos quatro anos.
Segundo o candidato, a campanha está a decorrer bem e a sua candidatura tem “conseguido chegar junto das pessoas”.
“Estamos muito esperançados de que as coisas vão correr bem e que seremos vitoriosos no domingo”, acrescentou.
Luís Couto disse que a candidatura não tem, neste momento, “uma ideia muito precisa” sobre se a vitória que espera obter será com maioria absoluta ou não, mas sublinha que essa é a meta que pretende atingir.
“Eu já o disse, há algum tempo, que, para nós, um bom resultado, é ganhar a Câmara com maioria absoluta. A nossa tentativa será essa”, afirmou, garantindo que, se não se confirmar a vitória, assumirá o lugar na vereação.
O programa eleitoral da candidatura do PS na Guarda assenta em onze eixos: economia e transição digital; saúde; políticas sociais; educação; ensino superior; cultura, património e turismo; desporto; juventude; ambiente; urbanismo, ordenamento, território e mobilidade; e desenvolvimento rural.
Na economia e transição digital, o PS propõe, entre outras medidas, um Laboratório Colaborativo de Logística Transfronteiriço e um Terminal Multimodal de Mercadorias (porto seco).
Na saúde, destaca-se a retoma do projeto da 2.ª fase do hospital, a reconstrução dos pavilhões históricos do Parque da Saúde e a promoção da figura do “médico da aldeia”.
A candidatura também propõe o desenvolvimento de um programa municipal de apoio a habitações degradadas e a construção de fogos de renda acessível para famílias carenciadas e agregados em início de vida.
No setor da educação surgem propostas relacionadas com a recuperação do parque escolar e, para o centro histórico da Guarda, são propostas medidas para requalificar, repovoar e reviver.
Recuperar a promoção do “Ar da Guarda” e criar o Espaço Ciência e Património do Alto Mondego — Quinta da Maunça, são outra das promessas.
Na apresentação do programa eleitoral, Ana Mendes Godinho, candidata à liderança da Assembleia Municipal, afirmou que “a Guarda precisa de uma Câmara forte, que vai à luta pelos cidadãos” e “pelo futuro dos territórios”.
A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.
Na Guarda, além de Luís Couto (PS), são candidatos Carlos Chaves Monteiro (PSD), Sérgio Costa (independente), Francisco Dias (Chega), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Pedro Narciso (CDS-PP).