O candidato do PS à presidência da Câmara de Viana do Castelo lamentou esta sexta-feira não ter sido “desafiado” para o debate de ideias que deve pautar a campanha eleitoral e criticou a “coligação negativa” dos seus adversários.

“Os períodos de campanha são para debater ideias. Era o desafio que pretendia e que esperava, e que não aconteceu (…). A seriedade e o trabalho continuarão a vencer o ataque pessoal. Os cidadãos exigem de nós proatividade, debate de ideias e, lamento, isso não aconteceu”, afirmou Luís Nobre.

O cabeça de lista do PS à liderança da capital do Alto Minho, que falava aos jornalistas na estação de caminho-de-ferro, no final de uma viagem de comboio entre Barroselas e Viana do Castelo, disse que a sua candidatura “construiu um programa sólido e consistente” e lamentou “a excessiva crítica destrutiva das últimas semanas”.

“Foram meses de preparação do nosso programa, semanas de pré-campanha e 15 dias de campanha eleitoral que nos permitiram tirar uma conclusão clara: só há uma candidatura que apresenta uma proposta sustentada e objetiva para o futuro de Viana do Castelo, [que é] a nossa”, afirmou Luís Nobre.

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Para o cabeça de lista do PS, a campanha eleitoral “demonstrou que houve uma conjugação e uma mobilização negativa contra a candidatura socialista”.

“À direita não há dúvidas: as críticas eram concertadas, havia uma estratégia. As pessoas têm de entender que os vianenses têm inteligência. É um momento especial de transição [na liderança da autarquia, com a saída do socialista José Maria Costa por limitação de mandatos]. Se há momento em que os vianenses iam estar atentos era este. A esquerda, em alguns momentos, também se deixou levar e associou-se a essa forma de estar. Acho que não estou a dizer nada surpreendente”, sustentou.

Já o PS, segundo Luís Nobre, “pautou” a sua “atuação em perspetivar o futuro” numa “campanha positiva, que estabeleceu compromissos com as pessoas”.

Destacou “o compromisso de cidadania ao mandatar 48 cidadãos do concelho para acompanharem a concretização das 48 medidas prioritárias definidas para os 48 meses do próximo mandato autárquico”.

“Não fizemos promessas em vão. Há muito trabalho feito em Viana do Castelo e sabemos que há muito também para fazer, mas sem ser necessário estar permanentemente a dizer mal gratuitamente. O que concluímos é que somos a única lista coesa, experiente e capaz de liderar o concelho na retoma económica do pós-pandemia, sem deixar ninguém para trás”, destacou, apelando ao voto nas eleições de domingo.

O candidato socialista encerra esta sexta-feira a campanha eleitoral com um comício no Largo das Neves, comum às freguesias de Barroselas, Mujães e Vila de Punhe.

A construção de três unidades de saúde, a criação de cinco novas zonas empresariais e de um centro logístico para gerar mais de cinco mil empregos, a nova ponte sobre o rio Lima, a nova ligação da Autoestrada A28 ao Vale do Neiva e a candidatura do centro histórico a Património Mundial da UNESCO foram algumas “das 48 medidas concretas” que elencou, “em alguns casos com trabalho já em curso pelo município”.

Além de Luís Nobre (PS), concorrem nas eleições de domingo à presidência da Câmara de Viana do Castelo Eduardo Teixeira (PSD/CDS-PP), Cláudia Marinho (CDU), Jorge Teixeira (Bloco de Esquerda), Rui Martins (Aliança), Paula Veiga (Nós, Cidadãos!), Maurício Antunes da Silva (Iniciativa Liberal) e Cristina Miranda (Chega).