O valor dos novos contratos de arrendamento disparou, a nível nacional, 11,5% no segundo trimestre, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. É uma forte aceleração em relação à subida homóloga que tinha sido indicada no primeiro trimestre (5,3%).

Ao mesmo tempo que subiu o valor dos novos contratos de arrendamento, o número de negócios celebrados no país também registou um aumento acentuado face ao segundo trimestre de 2020 (muito afetado pelos primeiros meses da pandemia), quase mais 50%.

Houve também mais novos contratos de arrendamento no segundo trimestre do que no primeiro, o que também se compreende pelo facto de o primeiro trimestre ter sido muito influenciado pelo pico pandémico observado no início de 2021. O aumento trimestral foi de 3,0%, depois de ter baixado 9,3% no trimestre anterior.

Preços na habitação voltaram a acelerar no segundo trimestre, diz o INE

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Em relação ao valor dos novos contratos, o INE calcula que “no segundo trimestre de 2021 a renda mediana dos 20.568 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 6,03 euros [mensais] por metro quadrado”.

Em que zonas do país as rendas subiram mais?

O INE acrescenta que a renda mediana aumentou em 20 das 25 sub-regiões em que o instituto divide o país. Ainda assim, salientam-se os maiores aumentos (homólogos) na sub-região do Oeste (+12,3%), na região de Aveiro (+11,9%), na Região Autónoma da Madeira (+11,3%) e na Área Metropolitana do Porto (+10,2%).

As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (8,82 euros/m2 ), Algarve (6,96 euros/m2), Área Metropolitana do Porto (6,40 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,32 euros/m2).

O INE produz um gráfico onde mostra, no mesmo local, as zonas onde os preços são mais elevados e, por outro lado, as zonas onde os preços subiram mais. Cada região é representada por uma bola azul – quanto mais para a direita,mais caras são as rendas e, também, quanto mais para cima está a bola maior foi a variação dos preços.

Fonte: INE