O novo fundo de 30 milhões de euros anunciado esta sexta-feira pelo Presidente da República francês servirá para apoiar a inovação da democracia em África, tendo como intenção apoiar vozes emergentes da sociedade civil, e será gerido de forma independente.
O novo fundo de inovação para a democracia em África foi anunciado pelo chefe de Estado gaulês na Cimeira França-África, que decorre em Montpellier, e que reúne cerca de cinco mil participantes africanos e franceses ligados ao empreendedorismo, juventude, cultura e desporto.
Este fundo vai ter uma dotação de 30 milhões de euros e visa apoiar “os atores da mudança” no continente africano, especialmente no que diz respeito à construção da governança e democracia, sendo gerido por figuras independentes da sociedade civil de diversos países africanos.
Outra medida anunciada por Emmanuel Macron foi o estudo da edificação de uma casa dos mundos africanos e das diásporas, instituição que pode vir a ser criada para dinamizar a relação entre África e França.
Para apoiar as ‘start-ups’ africanas ligadas ao digital, a França vai ainda lançar um financiamento de 10 milhões de euros com o nome Digital África.
Ainda no âmbito dos novos apoios concedidos ao continente, a França vai criar fundos para ajudar os museus africanos a acolherem obras internacionais, assim como um programa de apoio aos investigadores da área do desporto em África.
Emmanuel Macron anunciou ainda a restituição ao Benin de 26 obras de arte e à Costa de Marfim de um tambor cerimonial que está atualmente exposto no Museu do Quai Branly, em Paris.
Muitos destes apoios foram criados no seguimento de um relatório elaborado pelo professor universitário e filósofo camaronês Achille Mbembe, a pedido do Presidente da República francês, tendo como fundo diálogos estabelecidos com jovens de pelo menos 12 países africanos, entre eles Angola.