O Ministério Público está a investigar uma série de negócios entre o FC Porto e um clube brasileiro da 3ª divisão, o Tombense, segundo avançou esta terça-feira o Correio da Manhã.

De acordo com o jornal, estão em causa suspeitas de branqueamento de capitais e comissões irregulares na compra de jogadores, usando clubes terceiros como intermediários. Será o caso do Tombense, clube de Minas Gerais, que chamou a atenção dos investigadores pelos negócios de grande dimensão que contrastam com a sua posição humilde na Série C.

Um desses negócios que está a ser investigado é o da compra do avançado Evanilson, por quase nove milhões de euros. O negócio foi anunciado pelo Fluminense, onde o jogador atuava à altura, mas quem detinha o seu passe era precisamente o Tombense.

Também algumas transferências para a equipa B do FC Porto que envolveram o clube mineiro estão a ser investigadas. Foi o caso do central Wesley e do ponta de lança Caíque. Ambos os jogadores fizeram cerca de 20 jogos no Tombense antes de serem vendidos aos azuis e brancos.

O presidente do FC Porto já reagiu à notícia e garantiu que todos os contratos cumpriram a lei, classificando o contrato de Evanilson como “claríssimo”: “Vamos enviar os contratos ao Ministério Público para, se for verdade [a investigação], não perderem tempo e confirmarem a veracidade do documento e que todas as transferências foram feitas legalmente”, afirmou o presidente dos dragões na cerimónia de apresentação oficial das contas do FC Porto.

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