A Câmara Municipal de Sintra a esclareceu esta sexta-feira que foram abatidas apenas 63 árvores em Algueirão-Mem Martins e não as 182 avançadas pelos moradores, acrescentando que está prevista a colocação de 242 novas árvores.
Um grupo de moradores da Avenida Afonso Henriques denunciou numa nota que tinham sido abatidas 182 tílias naquela via e em desrespeito pelas normas estipuladas.
“As árvores cortadas eram tílias, o que desrespeita o regulamento municipal de Sintra, que delibera esta como uma espécie protegida. De acordo com a lei, é ainda obrigatório afixar aviso prévio público a informar a população quando se vai proceder ao abate de árvores, o que não foi feito”, é referido na nota assinada pelo grupo de moradores.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Sintra reconheceu que “alguns dos princípios do regulamento de gestão do arvoredo em meio urbano não foram cumpridos naquela avenida e fez saber que o presidente, Basílio Horta, “determinou a análise urgente de todo o processo para apuramento de responsabilidades”.
Contudo, não corrigiu o número de árvores abatidas avançado pelo grupo de moradores.
No entanto, numa nota enviada posteriormente, a Câmara de Sintra esclareceu que foram abatidas apenas 63 árvores e que o projeto prevê a colocação de 242 novas árvores.
“Não foram abatidas 182 árvores, mas sim 63. O projeto prevê a colocação de 242 novas árvores”, lê-se na nota, acrescentando que na base dos abates estiveram “problemas fitossanitários”.
Ao enumerar alguns dos problemas em causa, a fonte da Câmara de Sintra disse que algumas árvores estavam com a “copa desequilibrada” e outras com piolhos nas folhagens, que gera “um melaço que escorre para passeio, sujando o passeio e as viaturas ali estacionadas”.
Nesse sentido, indicou que a autarquia recebeu um abaixo assinado de moradores da Avenida Afonso Henriques, no qual dizem que se sentem “lesados devido às árvores que danificam carros, vedações, gradeamentos, pinturas exteriores, pavimentos, entre outros”.