Numa altura em que os partidos à esquerda do Partido Socialista e o Governo parecem ainda longe de alcançar um acordo para a aprovação do Orçamento do Estado de 2022 (OE2022), a ministra da Saúde, Marta Temido, defende que este “não é momento de atirar a toalha ao chão”, apesar de o seu Ministério enfrentar a pressão de vários setores, como os médicos ou os enfermeiros, que marcaram greves para as próximas semanas.

“Não é momento de atirar a toalha ao chão, nem nos serviços de saúde, nem para quem quer continuar a fazer progredir o país, nem na sociedade em geral. Temos de continuar a trabalhar”, defendeu a ministra da Saúde numa visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada,

“Penso que todos estão empenhados para as soluções de uma política de esquerda para o nosso país — para que continue a trabalhar a trabalhar no sentido da coesão social, de um país com mais oportunidades para todos e mais justo — possam prosseguir. Portanto, naturalmente, que a resposta só pode ser uma — da parte de toda a gente que esteja empenhada neste processo”, defendeu Marta Temido.

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Para a ministra da Saúde, quando passa uma semana desde que o OE2022 foi entregue pelo Governo ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, “esta é a fase de perceber o que é que o orçamento tem, quais são as suas soluções, e de as melhorar”. No entanto, apela a ministra, “temos de ser todos razoáveis”.

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“Temos este ano mais um reforço de 700 milhões de euros. É um esforço financeiro, é um esforço que, de facto, dá prioridade à saúde, mas é conseguido à custa, por exemplo, de menor capacidade de investimento noutras áreas que também precisam de investimento”, defendeu Marta Temido, alertando que não vai ser possível responder afirmativamente a todas as reivindicações. “Temos de ter a noção da proporcionalidade e de que não é possível pôr tudo ao mesmo tempo em cima da mesa, por muito que as reivindicações sejam justas.”

Sobre as greves no setor da Saúde, Marta Temido realçou que “há reuniões marcadas com várias estruturas sindicais”, e garante que o Governo continua disponível para negociar.

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