A Proteção Civil dos Açores fez um balanço positivo do exercício ‘Touro 2021’, que decorreu na ilha de São Jorge, permitindo testar “a capacidade” e “a coordenação” de todos os agentes envolvidos, foi este domingo anunciado.

“O resultado é positivo atendendo a tudo aquilo que nós conseguimos testar”, disse o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Eduardo Faria, num balanço, à comunicação social, do exercício ‘Touro 2021’, o maior organizado anualmente pela Proteção Civil dos Açores, que se iniciou na sexta-feira, em São Jorge.

O exercício, que terminou este domingo, envolveu cerca de 200 pessoas com intervenção direta e indireta, entre operacionais, entidades e figurantes, tendo o responsável destacado “a coordenação” entre os agentes de proteção civil envolvidos, mas também “a motivação e empenho de todos”.

O ‘Touro 2021’, que começou na sexta-feira, desenvolveu-se no sábado, “na modalidade LIVEX (Live Exercise), ou seja, com a movimentação no terreno de meios operacionais durante 24 horas.

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Na edição deste ano foi simulado um cenário de aviso meteorológico de nível vermelho para o parâmetro de precipitação para o Grupo Central, composto pelas ilhas Terceira, Pico, São Jorge, Graciosa e Faial, com predominância para a ilha de São Jorge.

“Foram dois cenários diferentes na ilha, um dos quais na Fajã do Ouvidor e outro na Fajã dos Vimes para precisamente testarmos as capacidades de resposta, incluindo em termos de comunicações”, explicou Eduardo Faria, acrescentando que foi possível, durante o simulacro, evacuar populações e prestar apoio a sinistrados.

De acordo com o presidente do SRPCBA, no caso, em concreto, da Fajã do Ouvidor, foi simulado “um movimento de massa e situações de cheias em ribeiras na Fajã dos Vimes”.

“Os objetivos na grande maioria foram atingidos, houve alguns deles em que temos de fazer alguma reflexão, concretamente relativamente às comunicações, uma área muito sensível na Região”, pois “a probabilidade dos colapsos das redes móveis é grande” em situações de catástrofes, assinalou o responsável.

Eduardo Faria realçou que o exercício ‘Touro 2021’ permitiu igualmente “testar os dois serviços municipais, o de Velas e o da Calheta”, na ilha de São Jorge.

“Houve entrega total da parte dos municípios no exercício”, disse o responsável, que enalteceu também “a capacidade, o profissionalismo e o espírito de entrega” das corporações de bombeiros e de todos os intervenientes entre operacionais, entidades e figurantes.

O presidente do SRPCBA lembrou que foram “cerca de 200 pessoas envolvidas no exercício”, entre as quais “cerca de 70 bombeiros de corporações principalmente do grupo central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) com observadores de outras ilhas, como de São Miguel e da Proteção Civil da Madeira”.

“As populações de São Jorge e de todo o arquipélago podem estar confiantes nas corporações de bombeiros do arquipélago que são reconhecidos na Região, a nível nacional e internacionalmente pelo seu profissionalismo e pela sua entrega”, vincou.

Além do objetivo de “treinar os diferentes agentes de proteção civil e entidades com especial dever de colaboração na resposta a situações de meteorologia adversa”, no exercício foram testados os Planos Municipais de Emergência dos concelhos envolvidos, a Rede Integrada de Telecomunicações de Emergência da região” e treinados os efetivos dos corpos de bombeiros do Grupo Central, os operacionais do SRPCBA e entidades envolvidas, segundo a Proteção Civil.

“Durante o ‘Touro 21’ foram simulados diversos incidentes, nomeadamente pedidos de socorro de cidadãos, habitações inundadas, estradas obstruídas, populações isoladas e desaparecidos.