O Conselho Supremo da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) reúne-se na quarta-feira para escolher o futuro presidente da instituição, sendo o nome indicado pelo Governo a antiga ministra da Saúde Ana Jorge, disse esta terça-feira à Lusa a secretária-geral da instituição.
O Ministério da Defesa irá propor aos conselheiros o nome da pediatra Ana Jorge, disse Susana Marques, adiantando que existe a possibilidade de conselheiros proporem a recondução de Francisco George no cargo de presidente da CVP.
Amanhã [quarta-feira] pode haver conselheiros que proponham o nome de Francisco George como contraponto ao nome de Ana Jorge” adiantou.
A decisão terá que reunir o consenso de todos os conselheiros que compõem o Conselho Supremo da Cruz Vermelha, que propõe depois ao primeiro-ministro e ao ministro da Defesa Nacional a nomeação do novo presidente, que é nomeado por despacho conjunto do chefe do Governo e do ministro João Cravinho.
Segundo Susana Marques, Francisco George não se recandidatou ao cargo, embora tenha manifestado disponibilidade para continuar no cargo, “havendo consenso em torno do nome dele”.
Contactado pela agência Lusa, Francisco George, que termina agora o primeiro mandato de quatro anos, não se quis pronunciar sobre o processo, afirmando apenas que espera que “decorra na mais perfeita normalidade na perspetiva do desenvolvimento da Cruz Vermelha Portuguesa”.
Igualmente contactada pela Lusa, Ana Jorge afirmou que aceitou o convite para “mais um desafio” na sua longa carreira na área pública.
“Neste momento sou candidata. vamos ver o que acontece amanhã. Vou aguardar”, disse Ana Jorge, acrescentando: “É mais um desafio grande, mas faço-o com toda a dedicação, com todo o empenho que normalmente costumo colocar naquilo que aceito fazer”.
É um desafio novo numa fase já muito avançada, mas acho que ainda poderei contribuir. Se acharam isso, irei dignificar, contribuir a honrar os princípios da Cruz vermelha, mas tudo dependerá daquilo que for o sentido do Conselho Supremo, mas aceitarei qualquer decisão que for tomada”, sustentou Ana Jorge.
A secretária-geral explicou que se o processo não ficar resolvido na quarta-feira, porque não se chegou a um consenso em torno do nome apresentado, seguem-se três reuniões que se realizam num período máximo de cinco dias para ver se há unanimidade.
Se não se conseguir chegar ao consenso durante este processo há um grupo que se reúne, constituído pelo representante do Ministério da Defesa, pela presidente da Assembleia-Geral da Cruz Vermelha e pelo presidente do Conselho Fiscal da CVP. São estas três pessoas que decidem, disse Susana Marques, sublinhando que é uma situação que nunca aconteceu.