O Novo Banco acumulou 154,1 milhões de euros em lucros nos primeiros nove meses do ano, fechando em setembro o terceiro trimestre consecutivo de resultados positivos. Quando se compara estes lucros com os prejuízos de 853 milhões de euros há um ano (ou seja, nos primeiros nove meses de 2020), este valor significa que o Novo Banco fez mais de mil milhões de euros em resultado nestes nove meses.

A informação foi confirmada em comunicado enviado às redações. O banco, que esta semana fez uma conferência de imprensa para a apresentação da nova marca, optou por não fazer novo evento para apresentar aos jornalistas estes resultados. Porém, no comunicado divulgado, o presidente da comissão executiva, António Ramalho, comentou que “os resultados positivos demonstram o crescimento do negócio sustentável com o produto bancário comercial a crescer 6,8%, ao mesmo tempo que os custos operativos caem 3,9%”.

É o terceiro trimestre consecutivo de resultados positivos. Estamos na rota da rentabilidade, de crescimento e preparados para apoiar as empresas e a economia portuguesa. É um virar de página agora também assente numa nova imagem de marca”, diz António Ramalho, no comunicado de imprensa.

No primeiro trimestre o banco tinha ganho 70,7 milhões de euros e no segundo trimestre os lucros ascenderam a 67 milhões de euros. Neste trimestre, o ritmo dos resultados positivos baixou para 16,4 milhões mas isso deveu-se, em parte, ao impacto negativo de uma operação de troca de dívida que foi concluída neste trimestre. Essa operação penalizou os lucros em 73,5 milhões de euros mas o banco assinala que a operação “permitirá poupanças futuras”.

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O Novo Banco conseguiu aumentar a margem financeira em 7,3%, para 430,2 milhões, no conjunto dos nove meses. Este é um dos indicadores mais importantes no desempenho operacional de um banco porque reflete, em termos simples, a diferença entre aquilo que o banco paga para se financiar (depósitos, emissões em mercado, BCE, etc) e os juros que cobra nos créditos que faz às empresas e famílias.

Em comparação, o grupo Millennium BCP subiu a margem financeira em 1,3% e esse indicador no Santander Portugal baixou 5,6%, com o banco a justificar esse resultado com o ambiente de taxas de juro na zona euro, que se mantém em mínimos históricos há vários anos.

Quanto ao Novo Banco, os resultados destes nove meses destacam, ainda, que “as imparidades para crédito totalizaram 115 milhões”, menos 70% do que no período homólogo. Essas imparidades feitas este ano incluem 40,2 milhões de imparidades para riscos relacionados com a Covid-19.