O gestor António Costa Silva afirmou esta sexta-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não vai resolver todos os males do país, embora possa ajudar, defendendo uma aposta nas qualificações e competências.

“Penso que o PRR não vai resolver todos os males do país. Tudo depende de nós”, afirmou Costa Silva no Fórum de Políticas Públicas, em Lisboa.

No entanto, defendeu que o plano “tem condições”, juntamente com os programas Portugal 2020 e 2030, para “mudar muita coisa” ao nível das debilidades do país, notando ser necessário continuar a “apostar fortemente nas qualificações e competências”.

Por outro lado, referiu que existe um “problema forte” de descapitalização das empresas, esperando que o Banco de Fomento resolva esta questão.

Costa Silva disse também que as sociedades democráticas estão confrontadas com um “trilema” — a competição pelo poder político, a capacidade de tomar decisões políticas e a promoção do bem público.

“Durante a pandemia existiu o maior teste que o país enfrentou — a capacidade de tomar decisões, mobilizando a infraestrutura cognitiva do pais, neste caso, na medicina. Temos que fazer isto em todos os setores e mobilizar as sociedades e os cidadãos”, concluiu.

O PRR tem um período de execução até 2026 e prevê um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico.

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