Vão ser apresentados esta quinta-feira os novos drones especialmente criados para serem usados em operações da Polícia Judiciária (PJ).
Esta é a primeira vez que um órgão de polícia criminal investe no desenvolvimento de aeronaves não tripuladas especialmente adaptadas para as funções que vão desempenhar na PJ — distintas, por isso, dos equipamentos disponíveis no mercado.
O Observador sabe que os novos equipamentos serão apresentados numa cerimónia privada esta quinta-feira, encontrando-se mais aparelhos em desenvolvimento.
Estes drones foram desenvolvidos pelo laboratório de inovação da PJ — o LabInov — em parceria com a UAVision Aeronautics, empresa portuguesa dedicada ao desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados.
Em entrevista ao Observador em maio deste ano, a diretora nacional adjunta da PJ, Luísa Proença, já havia afirmado que no âmbito de programas como o Horizonte 2020 seria possível desenvolver projetos “que não dão soluções feitas no mercado, mas dão soluções que as polícias já podem utilizar para si.” Soluções que servem melhor a polícia, porque são pensadas de raiz para as funções.
Já esta quarta-feira, o diretor nacional da PJ afirmou que o combate à criminalidade depende cada vez mais da tecnologia.
“As polícias são hoje confrontadas com uma criminalidade cada vez mais complexa e cada vez mais dependente da tecnologia e de novas competências, que auxiliem o investigador criminal na sua missão de prevenir e/ou resolver os crimes cometidos”, salientou Luís Neves, citado pela agência Lusa.
O diretor nacional da PJ falava na sessão de abertura da conferência “Leading Innovation in the LEA of the 21st Century”, organizado pela PJ, em articulação com o Europol Innovation Lab e o European Clearing Board (EuCB) e destinado a debater as tecnologias avançadas e adequadas à atividade cada vez mais exigente de uma polícia de investigação criminal.