Na edição deste ano do Carro do Ano alemão, os jurados determinaram os cinco vencedores, em cada uma de outras tantas categorias. Dos veículos Compactos, com preços inferiores a 25 mil euros, aos Performance, os desportivos sem limite de preço, passando pelos modelos que concorrem no segmento Premium (menos de 50.000€), Luxury (mais de 50.000€) e New Energy (sem limite), os germânicos dividiram o mercado em cinco tipos de modelos.
Nos Compactos – que envolvem os veículos do segmento C, os mais vendidos no mercado europeu –, o escolhido foi o Peugeot 308, o que augura um bom futuro para o hatchback francês, que para liderar o segmento tem de conquistar o coração dos automobilistas que tradicionalmente compram os VW Golf, Opel Astra, Audi A3, BMW Série 1 e Mercedes Classe A.
Entre os Premium, o vencedor foi um veículo eléctrico, mas não alemão, uma vez que o Kia EV6 foi o eleito. O novo modelo, que se assume como um misto de carrinha e SUV, o que o posiciona no mercado como um crossover, foi eleito graças à relação que oferece entre sofisticação tecnológica e preço acessível, sem que tenham sido explicados os motivos que aqui levaram o Kia a bater o Hyundai Ioniq 5, com o qual partilha chassi, mecânicas, baterias e software.
Na categoria Performance, o vencedor foi o Porsche 911 GT3, para nos Luxury ser o Audi e-tron GT o mais votado, surgindo como os únicos modelos alemães representados no ranking dos vencedores, sendo que um recorre à conhecida tecnologia dos motores de combustão, enquanto o outro aposta nos eléctricos alimentados por bateria. Tecnologia em que o Grupo Volkswagen, casa-mãe de ambos os fabricantes, aposta claramente e de forma bastante onerosa.
Na categoria reservada às Novas Energias, o vencedor foi o Hyundai Ioniq 5, o irmão do Kia EV6. Mais uma vez, sem explicar as razões que levaram um a bater o outro, tanto mais que esgrimem as mesmas armas. Mas nada disto retira mérito ao grupo sul-coreano, que apostou forte na mobilidade eléctrica e vai garantidamente recolher os frutos, com estes prémios recolhidos na Alemanha a poderem ser um aperitivo do que está por vir.