A crise dos semicondutores (“chips“) é um dos principais fatores que estão a afetar produção automóvel a nível mundial e quem encomendar um carro novo nesta fase pode ter de esperar até um ano para ter a entrega. Este é um efeito que está a fazer subir o preço dos usados em 20%, em alguns casos, noticia o jornal Público esta segunda-feira.

Com a oferta a sofrer o impacto de crise dos semicondutores e de perturbações associadas à pandemia, o mercado está em desequilíbrio porque a procura “está aos níveis de 2019”, garante Hugo Filipe, gestor de marketing da Benecar, um grupo sediado no distrito de Leiria. “Com a procura em alta e a oferta em baixa, os preços sobem. É a economia a funcionar. Comprar um Seat León hoje custa mais 20% do que custava há seis meses”, garante.

O retrato coincide com o que diz Nuno Castel-Branco, diretor-geral do Stand Virtual, plataforma online de usados mais usada em Portugal. Os dados do Stand Virtual apontam para uma clara descida no número de anúncios de carros usados abaixo de 20 mil euros e um aumento claro na contagem de anúncios para carros que são postos no mercado a preços superiores a 20 mil euros.

O mesmo portal nota que um Sedan usado, anunciado para venda, custa em média 21.500 euros, um aumento de 10% face a dezembro de 2020. Já um SUV tinha preços médios entre 19.500 e 20 mil euros, em outubro a mesma média já tinha subido para entre 21 mil e 21.500 euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR