As encomendas pela internet aumentaram 5,2 pontos percentuais em 2021, com 40,4% das pessoas dos 16 aos 74 anos a recorrer ao comércio eletrónico, com um crescimento mais expressivo no caso das mulheres, divulgou esta segunda-feira o INE.
“Em 2021, 40,4% das pessoas dos 16 aos 74 anos efetuaram encomendas pela internet, mais 5,2 pontos percentuais”, concluiu o inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A entidade concluiu ainda que a percentagem de utilizadores é consideravelmente mais elevada (51,6%) se se tomar em consideração os 12 meses anteriores à entrevista.
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A taxa de utilização do comércio eletrónico aumentou principalmente no caso das mulheres, mais 8,8 pontos percentuais, observando-se em 2021 uma proporção significativamente superior (43,2%) à dos homens (37,4%)”, referiu também a autoridade estatística.
O padrão dos produtos ou serviços encomendados é semelhante ao de 2020, destacando-se as encomendas de roupa, calçado e acessórios de moda (69,0% em 2021 e 60,4% em 2020), refeições em takeaway ou entrega ao domicílio (46,0% em 2021 e 38,2% em 2020) e filmes, séries ou programas de desporto (34,9% em 2021 e 34,3% em 2020).
Em 2021, a percentagem de agregados familiares com ligação à internet em casa através de banda larga aumentou 2,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior, para 84,1%.
Segundo o INE, em 2021, 82,3% da população residente dos 16 aos 74 anos utiliza a internet, o que sustenta o reforço do crescimento verificado no ano anterior (mais 3,0 pontos percentuais em 2020 e mais 4,0 em 2021).
No ano em análise, a internet foi utilizada sobretudo para comunicar e aceder a informação: 91,4% trocaram mensagens instantâneas (via WhatsApp, Messenger, ou outros), 87,6% enviaram ou receberam e mails, 86,7% pesquisaram informação sobre produtos ou serviços e 81,3% leram notícias.
Destaca-se ainda a proporção das pessoas que utilizam a internet para frequentar cursos ‘online’ (24,5%, mais 6,5 pontos percentuais do que em 2020).
Já a proporção de pessoas em teletrabalho diminuiu cerca de 11 pontos percentuais em relação a 2020, de 31,1% para 20,1%.
Diminuiu também a referência à pandemia de Covid-19 como justificação para trabalhar a partir de casa, de 29,6% em 2020 para 17,5% em 2021 (menos 12,1 pontos percentuais).