O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, garantiu que as autoridades estão a “trabalhar afincadamente” para localizar o ex-dono do BPP, João Rendeiro, que saiu do país após ter sido condenado a crimes como fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado e branqueamento de capitais.

Em entrevista à CNN Portugal esta quinta-feira à noite, Luís Neves disse que a PJ tem uma “grande crença” e também “paciência e tempo” de que os mandados de captura emitidos pelos tribunais serão cumpridos. Para isso, está a ser feito um trabalho exaustivo, que envolve uma “equipa que trata e troca informação” e que está coordenada “com parceiros internacionais”.

O diretor nacional da PJ também referiu que poderiam ter sido aplicadas medidas de coação ao ex-banqueiro, mas que, “de alguma forma, João Rendeiro podia ter tentado fugir como fugiu”. Mesmo no cenário em que o passaporte tivesse sido retido, “nada o impediria de fugir através de outros meios”.

“Tenho confiança no trabalho que fazemos”, assegurou Luís Neves, que também explicou o motivo pelo qual as investigações mais mediáticas são vistas como “lentas”: “Há a necessidade de muita informação que tem de ser apreendida e analisada”. “Há, de facto, grandes dificuldades em entrar nesse meio, porque temos pequenos atos de corrupção e depois temos estes casos.”

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João Rendeiro revela que não está no Belize, mas vai à praia e faz a vida normal. E que vai pedir indemnização de 30 milhões

Também numa entrevista à CNN Portugal, no dia 22 de novembro, João Rendeiro desmentiu os rumores que davam conta de que estaria no Belize e na Costa Rica. Apenas adiantou que “ia à praia”, que “ouvia português” no local onde se encontra e que faz uma vida normal.