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Tiago Tomás e o dom da ubiquidade (a crónica do Penafiel-Sporting)

Este artigo tem mais de 2 anos

Sporting venceu o Penafiel, está na final four da Taça da Liga e continua a discutir todas as decisões entre essa competição, a Taça, o Campeonato e a Champions — e tudo graças ao golo de Tiago Tomás.

O jovem avançado voltou aos golos depois de sete jogos sem marcar
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O jovem avançado voltou aos golos depois de sete jogos sem marcar

LUSA

O jovem avançado voltou aos golos depois de sete jogos sem marcar

LUSA

A meio de dezembro, a 10 dias do Natal e a pouco mais de duas semanas do final do ano, o Sporting está ainda inserido em todas as competições que iniciou: está na liderança da Primeira Liga, vai defrontar o Manchester City nos oitavos de final da Liga dos Campeões, vai cruzar-se com o Casa Pia nos oitavos de fina da Taça de Portugal e esta terça-feira só precisava de um empate para chegar à final four da Taça da Liga. Ou seja, por muito que o confronto com o Penafiel parecesse a última preocupação dos leões, não deixava de ser o passaporte da equipa para a manutenção dessa ubiquidade competitiva.

E Rúben Amorim tinha noção disso. Na antevisão, o treinador leonino não escondeu que o jogo contra o Penafiel podia ser “perigoso” — ou seja, que podia marcar o fim de um capítulo, que leva 13 vitórias nos últimos 14 jogos, e o início de outro menos positivo. “Podemos contar com dois resultados mas, porque somos o Sporting, temos de vencer. Vamos enfrentar uma equipa que vai estar motivada e que está a fazer um bom Campeonato na Segunda Liga, que tem um treinador jovem com boas ideias. Temos a nossa forma de jogar mas teremos um dia para preparar esse jogo. O Penafiel é uma equipa que gosta de ter a bola e contra nós vai querer manter a identidade. É bom para nós porque vão querer jogar. Podem jogar com dois rápidos na frente, um ’10’ na linha… Teremos de ter mais intensidade. Os jogadores estão preparados. Marcar cedo será melhor e, não sofrendo, estaremos mais perto da vitória. É isso que queremos fazer”, explicou o técnico, confirmando que os leões são um “claro candidato” à conquista da Taça da Liga.

Ficha de jogo

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Penafiel-Sporting, 0-1

Fase de grupos da Taça da Liga

Estádio Municipal 25 de abril, em Penafiel

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro)

Penafiel: Macedo, Vitinha, Gonçalo Loureiro, Leandro, Ruca, Zé Valente (Roberto, 79′), David Caiado (Capela, 70′), Feliz (Robinho, 61′), Vasco Braga (João Amorim, 61′), Edi Semedo, Ronaldo Tavares (Rui Pedro, 61′)

Suplentes não utilizados: Caio Secco, Lucas, Edson Farias, Pedro Prazeres

Treinador: Pedro Ribeiro

Sporting: João Virgínia, Luís Neto (Gonçalo Inácio, 88′), Coates, Matheus Reis, Gonçalo Esteves, Manuel Ugarte (Matheus Nunes, 60′), Daniel Bragança, Nuno Santos, Sarabia (Pedro Gonçalves, 45′), Bruno Tabata, Tiago Tomás

Suplentes não utilizados: Adán, André Paulo, José Marsà, Flávio Nazinho, Dário Essugo, Rodrigo Ribeiro

Treinador: Rúben Amorim

Golos: Tiago Tomás (16′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Bruno Tabata (20′ e 74′), a Luís Neto (35′), cartão amarelo a Feliz (58′), a Coates (77′), a Leandro (80′), a Roberto (87′), a Rui Pedro (90+5′); cartão vermelho por acumulação a Bruno Tabata (74′)

Ora, depois de ter vencido o Famalicão na jornada anterior da competição e depois de o Famalicão ter goleado o Penafiel antes disso, o Sporting chegava ao encontro desta terça-feira a saber que só precisava de empatar para marcar presença na final four e que o adversário já não tinha hipóteses de chegar ao apuramento. Sem Paulinho e Ricardo Esgaio, ambos infetados com Covid-19, e ainda Pedro Porro, que sofreu uma lesão muscular e juntou-se a Rúben Vinagre, Jovane, João Palhinha e Feddal no boletim clínico, Amorim fazia várias alterações ao onze: Adán, Gonçalo Inácio, Matheus Nunes e Pedro Gonçalves começavam no banco e João Virgínia, Gonçalo Esteves, Daniel Bragança, Nuno Santos, Bruno Tabata e Tiago Tomás eram todos titulares. Coates, Sarabia e Matheus Reis formavam o tridente que sobrevivia, sendo que este último atuava enquanto terceiro central e deixava o corredor para Nuno Santos.

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Do outro lado estava então um Penafiel que está no 5.º lugar da Segunda Liga mas a apenas seis pontos do líder Benfica B – e que tem a taxa mais alta de posse de bola dessa competição. Com o leme assegurado por Pedro Ribeiro, jovem treinador que já passou pelo Gil Vicente e pelo Belenenses SAD, a equipa do distrito do Porto atuava com um 4x3x3 claro apesar de já ter jogado com três centrais esta temporada e tinha em Ronaldo Tavares, avançado que passou pela equipa B do Sporting, o elemento mais adiantado.

A primeira parte não teve praticamente nada de surpreendente. O Sporting pegou no jogo e assentou arraiais no meio-campo adversário e, apesar de não criar muitas oportunidades nem chegar frequentemente com perigo ao último terço, dominava por completo as dinâmicas e não permitia praticamente nada ao Penafiel. A primeira aproximação leonina à baliza de Macedo teve Luís Neto como protagonista, já que o central falhou o desvio ao segundo poste na sequência de um canto (5′), Sarabia também procurou o golo com um remate forte que passou por cima (7′) e Coates teve a melhor ocasião até então, ao cabecear ao poste (8′). A equipa de Rúben Amorim atuava com tranquilidade, ciente de que o próprio resultado com que o jogo começou garantia o apuramento, e não parecia disponível para a abrir a porta a nervosismos ou ansiedades.

O golo acabou por chegar de forma natural. Depois de uma atrapalhação da defesa do Penafiel, Bruno Tabata recuperou a bola na área adversária, rematou para uma intervenção atenta de Macedo e viu Tiago Tomás aparecer na recarga para abrir o marcador (16′). O jovem avançado voltava aos golos sete jogos depois e, mais do que isso, castigava um conjunto que ao longo de 25 minutos nem sequer entrou no último terço leonino. Tiago Tomás ficou muito perto de bisar pouco depois, ao atirar para mais uma defesa de Macedo após um passe em profundidade brilhante de Matheus Reis (23′), mas a verdade é que essa oportunidade acabou por ser a última digna desse nome criada pelo Sporting até ao intervalo. A equipa de Rúben Amorim travou ainda mais o ritmo, desceu ligeiramente as linhas, viu Tabata recuar cada vez mais para ir buscar jogo à zona do meio-campo e foi vendo o relógio avançar.

A partir desta altura, de forma consequente, o Penafiel ganhou mais espaço. A equipa de Pedro Ribeiro procurava essencialmente o corredor esquerdo para avançar: os leões atacavam quase sempre pela direita e Gonçalo Esteves tinha algumas dificuldades para recuperar a posição depois de apoiar a movimentação ofensiva, deixando Edi Semedo com algum espaço para explodir e procurar cruzamentos para a área. O Penafiel chegou mesmo a criar uma oportunidade dessa forma, com Semedo a cruzar para a área e Feliz a aparecer livre de marcação para finalizar, mas o jogador não só falhou como estava fora de jogo (25′).

Ao intervalo, o Sporting estava a vencer em Penafiel graças a um golo de Tiago Tomás e não existiam grandes dúvidas de que tinha um pé e meio na final four da Taça da Liga — até porque o adversário não havia feito qualquer remate. Contudo, surgia também a certeza de que seria necessário manter a competitividade e o compromisso na segunda parte para sair do Estádio Municipal 25 de abril com uma vitória clara e não apenas com um apuramento.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Penafiel-Sporting:]

Na segunda parte, Rúben Amorim começou a gerir esforços e tirou Sarabia para colocar Pedro Gonçalves, com o internacional português a ter desde logo uma boa oportunidade para aumentar a vantagem com um remate em jeito que Macedo defendeu (49′). Ainda assim, o Penafiel apresentou-se de forma diferente, com as linhas mais subidas e uma propensão superior para o risco e para a exploração da profundidade, levando o Sporting a juntar mais as linhas para acautelar eventuais surpresas. Nesta fase, Ronaldo Tavares teve a melhor ocasião do jogo para a equipa de Pedro Ribeiro ao cabecear ao lado na sequência de um canto (51′).

Já depois de Tiago Tomás voltar a ficar perto do segundo golo com um remate em jeito que Macedo defendeu novamente (59′), Amorim continuou a mexer e trocou Ugarte por Matheus Nunes, com Pedro Ribeiro a responder com as entradas de Rui Pedro, João Amorim, Robinho e Capela. A partir da hora de jogo, o encontro entrou numa fase pouco característica e sem grande discernimento nem critério em que o Sporting ia tentando aumentar a vantagem mas sem assertividade e o Penafiel continuava a querer avançar mas sem capacidade para o fazer. Nesta altura, a cerca de um quarto de hora do fim, Bruno Tabata acabou por ver o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando os leões reduzidos a dez unidades e o jogo ainda mais pobre.

Até ao fim, já pouco ou nada aconteceu à exceção das entradas de Roberto de um lado e Gonçalo Inácio do outro. O Sporting venceu o Penafiel de forma natural sem nunca ter impressionado, foi para lá dos serviços mínimos do empate, assegurou a liderança do Grupo B e tornou-se a primeira equipa apurada para a final four da Taça da Liga. Tiago Tomás, com um golo solitário mas decisivo, garantiu o dom da ubiquidade a Rúben Amorim.

 
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