O novo Lamborghini Countach LPI 800-4, se bem que seja um superdesportivo moderno e sofisticado, representando o que de melhor a indústria automóvel tem para oferecer, possui no seu naipe de trunfos o facto de ter história, ou não exibisse a mesma denominação do saudoso e exuberante Countach da década de 70. Talvez por isso, ninguém estranhou que as 112 unidades produzidas do novo Countach desaparecessem, apesar de um preço de 2,64 milhões de euros, antes de impostos.

Countach. O clássico renasce híbrido com 814 cv

Os 112 Countach LPI 800-4 esgotaram-se num instante em Agosto, mas foi depois que a marca se apercebeu que a maioria dos clientes que adquiriram o potente mas dispendioso coupé, comercializado como uma homenagem ao Countach de há 47 anos, já eram na realidade proprietários de um outro Countach. Mas do modelo introduzido em 1974.

O novo Countach LPI 800-4 usufrui de um chassi em fibra de carbono, material que é igualmente utilizado para dar forma à carroçaria, montando em posição central traseira um imponente V12 (atmosférico para maior nobreza) que, graças aos seus 6,5 litros e muita tecnologia, coloca à disposição do condutor 814 cv. Na realidade, o V12 a gasolina debita apenas 780 cv, mas um pequeno motor eléctrico com 34 cv, a alma de um sistema híbrido ligeiro a 48V, eleva a potência total.

Se o novo Countach impressiona, o modelo que exibia a mesma denominação há quase meio século estava longe de um coupé com pouco interesse, figurando mesmo entre os mais potentes da sua época, ele que viu serem fabricadas quase 2000 unidades durante 16 anos. Recorrendo sempre ao V12 da Lamborghini, o coupé viu a cilindrada subir dos originais 3,9 litros para os 5,2 da última versão a ser produzida, a LP 5000 Quattrovalvole, já com injecção mecânica em vez de carburadores e 450 cv. Esta derradeira versão era capaz de atingir 295 km/h e os 100 km/h em somente 4,7 segundos, apesar de montar uma caixa manual e não possuir sistema de launch control. Valores impressionantes para 1990.

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