O cabeça de lista do Livre por Lisboa, Rui Tavares, afirmou esta segunda-feira que o seu partido pretende obter um grupo parlamentar nestas eleições legislativas e que, caso eleja deputados, irá lutar por uma “maioria progressista, social e ecológica”.

“O Livre evidentemente almeja ter um grupo parlamentar, isso é o normal, isso atinge-se a partir de dois deputados, e o Livre tem condições precisamente porque não nos atolamos na questão da governabilidade só, damos uma resposta clara que nos permite depois poupar tempo para falar de condições de vida e de uma visão e de um novo modelo de desenvolvimento para o país”, afirmou Rui Tavares.

O cabeça de lista do Livre falava aos jornalistas no Palácio de Justiça, pouco depois de ter entregado as listas de candidatos a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa.

Segundo Rui Tavares, quanto mais reforçado for o Livre nas eleições de 30 de janeiro, “mais reforçado é o voto para uma maioria progressista, social e ecológica no parlamento, e mais reforçado é o voto para uma nova cultura de compromisso em Portugal”.

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Afirmando que “nenhum dos outros partidos que obtiveram representação parlamentar em 2019” dá “clarificação” quanto a futuros cenários de governabilidade, Rui Tavares sustentou que o Livre “tem a vantagem de dar clareza no voto”, porque não esconde a sua postura quanto a eventuais cenários pós-eleitorais.

Se houver uma maioria de esquerda, contribuiremos para, com um acordo assinado a quatro anos, ter estabilidade governativa para uma legislatura inteira. Se a direita ganhar, estaremos na oposição”, referiu.

Rui Tavares precisou que o acordo pós-eleitoral em questão seria “um acordo multipartidário, tão abrangente quanto possível, em toda a área da esquerda, do progressismo, da ecologia, também, do europeísmo e das questões sociais“.

O candidato às legislativas sublinhou que, “em toda a Europa, o normal é que as maiorias parlamentares tenham um acordo para haver um escrutínio do Governo”, e considerou que a falta de acordo escrito entre o PS e os parceiros da esquerda parlamentar após as eleições de 2019 foi o “pecado original” que levou à queda da solução governativa.

“Um acordo assinado é um Governo escrutinado, isso significa a cidadania saber para onde é que vai o país e poder acompanhar todas as ações necessárias, para que respondamos em primeiro lugar às perguntas mais prementes das condições de vida dos nossos concidadãos”, afirmou.