O Alasca registou este domingo o dia mais quente de sempre em dezembro: 19,4 °C na ilha de Kodiak, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, na sigla em inglês). A pouca luz solar que o Alasca recebe nesta altura do ano é, para o meteorologista Brandon Moleiro, o que “torna tudo mais marcante”, disse à CNN. Em Kodiak, só é dia durante cerca de seis horas: o sol nasce por volta das 10h e põe-se pouco depois das 16h.

Por sua vez, o meteorologista Rick Thoman reagiu no Twitter, dizendo que  “não pensaria que tal coisa fosse possível”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Pelo contrário, noutras partes do estado, as temperaturas desceram: na cidade de Ketchikan, as temperaturas atingiram -18 ° C no último sábado. Já no domingo, a cidade de Fairbanks teve um dos seus dias mais chuvosos, ao registar-se o triplo da precipitação média mensal num só dia. Em Delta Junction, a 153 quilómetros de Fairbanks, nevou tanto que o telhado do único supermercado da cidade desabou. “2021 realmente parece ser o ano em que estes eventos extremos de precipitação vieram à tona”, referiu Rick Thoman à BBC.

Falhas generalizadas de energia e fecho de estradas foram outras consequências do mau tempo no Alasca. Formou-se gelo nas estradas, tornando-se perigoso conduzir, alertou o Departamento de Transportes e Infraestruturas Públicas, no Twitter .

Episódios de temperaturas fora do normal serão cada vez mais comuns “num futuro próximo”: “Quando todas as peças se juntam num mundo em aquecimento temos estes eventos sem precedentes“, alerta Rick Thoman.