As escolas portuguesas vão mesmo reabrir na próxima segunda-feira, dia 10 de janeiro, confirmou o primeiro-ministro, António Costa, numa conferência de imprensa após a reunião desta quinta-feira do Conselho de Ministros.

A confirmação foi anunciada por Costa após alguma incerteza nos últimos dias sobre a reabertura das escolas após as duas semanas de contenção que se seguiram ao período do Natal.

A grande subida do número de casos positivos de Covid-19 (que, devido à variante Ómicron, atingiu esta semana máximos históricos) levou a um intenso debate sobre se estariam ou não reunidas as condições para o regresso às aulas neste contexto. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, chegou mesmo a admitir um cenário de adiamento da reabertura das escolas, embora tenha depois confirmado que o cenário ainda não se colocava.

Vários elementos do universo educativo, incluindo o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, e  o líder da FENPROF, Mário Nogueira, pronunciaram-se publicamente contra um novo adiamento, classificando essa possibilidade como uma “asneira” e um reconhecimento do “fracasso da estratégia do Governo”.

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Agora, estão desfeitas as dúvidas: as aulas recomeçam mesmo no dia 10.

Para garantir a segurança do ambiente escolar, esta reabertura enquadra-se na estratégia do Governo de “avançar com cautela“. Até ao próximo domingo, vão continuar a ser vacinadas as crianças entre os 5 e os 11 anos de idade, aumentando a proteção do universo escolar. Ao mesmo tempo, aplica-se a nova norma da DGS, segundo a qual apenas as pessoas positivas e os seus coabitantes ficam sujeitos a isolamento. Isto significa que os colegas de turma de um aluno que esteja infetado não vão ter de ficar em isolamento (a não ser que sejam coabitantes, como no caso dos irmãos, ou também estejam positivos), o que termina com a prática de isolar turmas inteiras que tem sido seguida até aqui.

Para esta norma, é indiferente o estado vacinal: independentemente de estarem ou não vacinadas, as crianças não precisam de ficar em isolamento caso sejam contactos de um caso positivo com quem não coabitem.