Pelo menos 100 vagas da primeira edição do programa de estágios da Administração Pública ficaram por preencher, transitando para a segunda edição, que conta com mil vagas, disse esta quinta-feira fonte oficial do Ministério da Modernização do Estado.

“Transitam para a segunda edição do programa de estágios na Administração Pública, pelo menos, cerca de 100 vagas, podendo este número vir a sofrer alterações caso os candidatos agora colocados optem por não assinar os contratos de estágios com as respetivas entidades”, disse à Lusa o gabinete liderado pela ministra Alexandra Leitão.

A primeira edição do programa EstágiAP XXI, que arrancou em 2021, previa um total de 500 vagas para estágios remunerados dirigidos a jovens licenciados.

Entidades públicas podem candidatar-se a programa de estágios a partir deste sábado

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Segundo a mesma fonte, nesta primeira edição, 440 candidatos conseguiram colocação nos serviços públicos, mas apenas 260 acabaram por celebrar contrato de estágio.

Os restantes 180 candidatos decidiram não celebrar contrato “devido a perda de interesse por parte destes“, adiantou o gabinete.

Posteriormente, numa segunda fase, foram disponibilizadas as 240 vagas que tinham ficado por preencher e esta quinta-feira foram publicadas as listas de colocação na Bolsa de Emprego Público, tendo sido colocados “cerca de 130 candidatos”, de acordo com o ministério.

Restam assim pelo menos 100 vagas que poderão ainda vir a aumentar, dependendo do número de candidatos colocados que venham efetivamente a celebrar o contrato de estágio.

A segunda edição do programa de estágios da Administração Pública, com mil vagas (a que irão acrescer então pelo menos 100 vagas da primeira edição), arrancou no dia 8 de janeiro. Desde o dia 8 de janeiro e até 21 de fevereiro as entidades da administração central direta e indireta do Estado interessadas em receber estagiários podem concorrer ao programa.

A Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) terá depois 30 dias úteis para decidir sobre a atribuição de vagas de estágio financiado a cada entidade. Após este processo, serão então abertas as candidaturas aos jovens interessados.

Os estágios têm a duração de nove meses e destinam-se a jovens licenciados até aos 30 anos, ou até aos 35 anos com deficiência e/ou incapacidade, que se encontrem à procura do primeiro emprego ou de novo emprego correspondente à sua área de formação.

A bolsa de estágio é de 1.007,49 euros ilíquidos, correspondente à primeira posição remuneratória da carreira de técnico superior e nível remuneratório 11 da Tabela Remuneratória Única e os estagiários têm também direito a subsídio de refeição.

Esta é a segunda edição do programa EstágiAP XXI, financiada a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ao abrigo da reforma “Capacitação da AP — formação de trabalhadores e gestão do futuro”, um concurso com uma dotação de 12,3 milhões de euros, segundo o ministério.