O príncipe Harry entrou com um pedido de revisão judicial a propósito de uma decisão do Home Office britânico (cujas funções, neste caso, são equivalentes ao Ministério da Administração Interna), que impede o duque de Sussex de pagar por proteção policial para si e para a sua família aquando de uma visita que planeia fazer em breve ao Reino Unido.

Harry quer trazer os filhos — Archie de dois anos e Lilibet com apenas sete meses — numa viagem ao Reino Unido. Mas, de acordo com um representante legal, o príncipe teme “não ser capaz de regressar a casa” por ser muito perigoso.

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Segundo a Sky News, Harry quer financiar a segurança a título particular, ao invés de ter os contribuintes a pagarem a sua conta — ele e a mulher abandonaram os cargos de membros sénior da realeza em 2020, tendo trocado o Reino Unido pelos Estados Unidos da América em busca de independência financeira, altura em que perderam a proteção policial financiada pelos contribuintes.

O duque de Sussex argumenta que a sua equipa privada de proteção nos EUA não tem jurisdição adequada em solo britânico, nem acesso à informação dos serviços de inteligência do Reino Unido. A esse propósito, o mesmo representante legal assegura que “a falta de proteção policial” constitui um “risco pessoal muito grande”. “O duque e a duquesa de Sussex financiaram pessoalmente uma equipa de segurança privada para a sua a família” que “não consegue replicar a proteção policial necessária enquanto estiver no Reino Unido”.

“Na ausência de tal proteção, o príncipe Harry e a sua família não podem voltar para a sua casa”, diz ainda, alegando que o príncipe “herdou um risco de segurança ao nascimento” e para toda a vida. E que, “embora o seu papel dentro da instituição tenha mudado”, o mesmo não aconteceu enquanto membro da família real. São ainda recordadas as ameaças neonazis e extremistas que os Sussex já receberam.

A última vez que Harry esteve em solo britânico foi em julho do ano passado, a propósito da estátua feita em homenagem a Diana, a princesa de Gales. Ao contrário do que aconteceu em abril, aquando do funeral do avô, o príncipe Filipe, Harry não teve direito a seguranças no verão de 2021 — a Sky News escreve que a segurança do duque de Sussex terá ficado comprometida depois de o carro onde seguia ser perseguido por paparazzi no fim de um evento de caridade. Diana morreu num acidente de carro quando estava a ser perseguida por paparazzi em Paris, em 1997.

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O Dail Mail acrescenta que a rainha está a par da decisão do neto em avançar com a queixa, naquela que será a primeira vez que um membro da família move um processo contra o governo de Sua Majestade.

O duque de Sussex ofereceu-se pela primeira vez para pagar a título pessoal pela proteção policial em janeiro de 2020, em Sandringham, uma oferta que foi rejeitada. O seu representante legal assegura que, depois de outra tentativa de negociação ter sido rejeitada, Harry entrou com uma revisão judicial em setembro de 2021 “para contestar” a decisão.

Também o príncipe André, tio de Harry, está a enfrentar pressão para pagar pela própria segurança numa altura em que a ação civil movida contra ele, por Virginia Giuffre, tem pernas para andar.