O Tonale tem tudo para se tornar o modelo mais vendido da Alfa Romeo. Daí que seja esperado desde 2019, quando foi revelado ao público, ainda que como protótipo. O objectivo do construtor italiano é reforçar a sua gama com um SUV compacto, mais pequeno do que o Stelvio, mas igualmente mais barato e dotado com várias mecânicas, uma delas electrificada, para o tornar mais amigo do ambiente e mais interessante para as empresas, fruto dos incentivos de que beneficiam as mecânicas híbridas plug-in (PHEV).

Quando foi apresentado no Salão de Genebra, o Tonale estava em vias de ser introduzido no mercado. E a urgência percebia-se, pois um SUV do segmento C para o mercado europeu cai que nem sopa no mel. No segmento em que compete, equivale a um concorrente do Q3 da Audi, X1 da BMW ou um GLA da Mercedes. Mas a criação da Stellantis, que resultou da fusão da FCA com a PSA, veio atrasar tudo. Ainda que por bons motivos, o que só pode ajudar o modelo.

A Alfa Romeo já tinha anunciado que, depois de alguns atrasos, o Tonale estava previsto para meados de 2022. Sabe-se também que o novo CEO da marca italiana, Jean-Philippe Imparato, que antes liderou a Peugeot até ao estatuto de uma das principais marcas europeias, não ficou muito entusiasmado quando conduziu a primeira versão PHEV do Tonale, apontada como fundamental para o sucesso do modelo. E daí que determinasse que ao Tonale PHEV faltava potência e ambição, fundamental para respeitar a tradição da Alfa.

O Tonale tem apresentação marcada para 8 de Fevereiro

Originalmente, o Tonale PHEV recorria à mesma mecânica do Jeep Compass 4xe, ou seja, o 1.3 sobrealimentado como motor de combustão, com as variantes de 130 cv ou 180 cv, associado a um motor eléctrico com 60 cv, alimentado por uma bateria com uma capacidade bruta de 11,4 kWh. Sucede que, para Imparato, uma potência total de 190 cv ou 240 cv, o que lhe permite velocidades de 183 ou 200 km/h, consoante a potência, e a capacidade de ir de 0-100 km/h em 7,9 ou 7,3 segundos, foi julgada insuficiente. Tanto mais que a autonomia em modo eléctrico está limitada a somente 47 km (em WLTP), o que é pouco para os dias que correm.

Resta saber o que a Alfa Romeo tem reservado para 8 de Fevereiro, quando mostrar a versão definitiva do Tonale num evento que denomina La Metamorfosi. Se tivéssemos que apostar, esperaríamos o mesmo quatro cilindros 1.3 Turbo, provavelmente com potência reforçada, um motor eléctrico com mais de 60 cv e o máximo de capacidade de bateria que a Alfa consiga alojar dentro de um chassi que deriva do Compass.

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