Caiu logo na primeira eliminatória do torneio de Melbourne frente ao americano Maxime Cressy, tornou-se um dos lucky losers do Open da Austrália antes de perder na primeira ronda com o décimo cabeça de série da prova, o italiano Jannik Sinner, chegou aos quartos do Open de Quimper diante do austríaco Dennis Novak. À semelhança do que aconteceu nos últimos anos, sobretudo a partir de 2019, João Sousa não estava a ter um grande arranque de época no circuito ATP. Em Pune, na Índia, a história estava a ser diferente.

Era preciso recuar a setembro de 2019 para ver o vimaranense chegar a uma meia-final de um torneio ATP, na altura em São Petersburgo eliminado por Borna Coric depois de um percurso onde afastou o russo Karen Khachanov (top 10 mundial). E o último dos três triunfos em torneios ATP tinha sido em maio de 2018, no Estoril Open, naquela que se tornou uma das melhores semanas de sempre do jogador. Daí para cá, mesmo tendo ido a duas finais de Challengers no ano passado em Brest (derrota com o americano Brandon Nakashima) e em Helsínquia (derrota com o eslovaco Alex Molcan), pouco mais. Até esta semana.

João Sousa começou por eliminar o wild card indiano Arjun Kadhe em três sets (6-7, 7-6 e 6-2), afastando de seguida o italiano Gianluca Mager, terceiro cabeça de série do torneio e 67.º do ranking (4-6, 6-3 e 7-6), e o alemão Daniel Altmaier, quinto cabeça de série e 85.º do ranking (6-2 e 6-3). Seguia-se o sueco Elias Ymer, que surgiu do qualifying para surpreender o primeiro cabeça de série em Pune, o russo Aslan Karatsev, e seguia apostado em conseguir aquele que poderia ser o seu primeiro torneio ATP aos 25 anos.

Depois de ter entrado a ganhar, João Sousa não conseguiu evitar um primeiro break do sueco logo no 2-1 e um segundo que deixou o resultado em 4-1 que parecia ter deixado tudo resolvido. Não estava. E o português recuperou o seu melhor jogo, fez logo o contra break, salvou depois um primeiro set point para colocar o jogo em 5-5 com Ymer a fazer duplas faltas seguidas mas não conseguiu trazer o seu melhor serviço na 11.ª partida e voltou a sofrer um break, perdendo com um jogo em branco o primeiro set com 7-5.

Aos 32 anos, após uma descida gradual no ranking que o levava nesta fase a ocupar o 137.º posto no ATP quando chegou a estar no 28.º lugar, João Sousa estava numa situação de risco mas ia mantendo ainda assim alguma calma perante erros não forçados que lhe custaram o primeiro parcial, tendo a frieza para fazer o contra break logo depois de perder o seu primeiro jogo de serviço e quebrar novamente o serviço adversário até uma vantagem perdida a meio do segundo set que levou todas as decisões para tie break, onde o jogador português sacou do seu melhor ténis, aguentou o seu serviço e conseguiu fechar com o parcial de 7-4. Tudo ficava para o terceiro e último set e, mais de três horas depois, e após ter conseguido evitar três match points do sueco, segurou o serviço, fez o break e venceu por 7-5, regressando a uma final ATP onde irá encontrar o finlandês Emil Ruusuvuori, que bateu na outra meia-final venceu o polaco Kamil Majchrzak.

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