O Tonale, a mais recente criação da Alfa Romeo, parece um Stelvio ligeiramente mais pequeno e é exactamente assim que se vai apresentar no mercado. Um SUV com aspecto atraente com pouco mais de 4,53 m de comprimento (16 cm menos do que o Stelvio), o que o posiciona no segmento C, precisamente o mais importante e disputado do mercado europeu, onde vai sobretudo enfrentar a temível concorrência premium alemã. O novo SUV compacto vai chegar a Portugal em Junho, com as encomendas a arrancar já em Maio, disponibilizando mecânicas diesel, híbridas e híbridas plug-in (PHEV), sendo esta a última a chegar ao mercado.

Apontando armas a rivais como o Audi Q3, graças aos seus mais de quatro metros e meio de comprimento, e posicionando-se entre os BMW X1 e X3, Mercedes GLA e GLC, o Tonale visa ainda propostas como o Volvo XC40 e o Cupra Formentor. A frente é tipicamente Alfa Romeo, com os triplos faróis de cada lado a fazerem lembrar o coupé SZ de 1989. O pilar traseiro inclinado para a frente não surge para incrementar o espaço interior, mas sim para conferir ao novo SUV italiano um ar de coupé, mais ágil e desportivo.

No interior, o Tonale oferece espaço para cinco adultos e 500 litros de bagageira, valores compatíveis com os seus rivais. O SUV italiano está igualmente equipado com tecnologias de entretenimento e segurança alinhados pelos melhores, restando saber se fazem parte do equipamento de série ou são propostos como equipamento opcional. Exemplo disto é o sistema operativo Android, personalizável e com conectividade 4G, o que lhe permite actualizações over-the-air e usufrui do assistente pessoal Alexa, da Amazon, pelo que este Alfa Romeo poderá ser definido como ponto de entrega de encomendas ou compras.

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O cruise control inteligente, o lane centering, o traffic jam assist e a travagem de emergência autónoma fazem parte das propostas do Tonale para os seus clientes, bem como o sistema que ajuda o condutor a não embater em ninguém, veículos, peões ou ciclistas, em manobras de marcha-atrás. Mas é provável que a maior novidade, mas não necessariamente a mais útil, seja o recurso à tecnologia NFT (de non-fungible token), de que Tonale faz estreia mundial. Esta solução cria uma espécie de cartão blockhain, em que ficam registadas todas as ocorrências, bem como o veículo foi mantido, o que, de acordo com a Alfa Romeo, valorizará o SUV enquanto usado, quando chegar a altura de o querer trocar.

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Motores há vários, com o PHEV a atingir 275 cv

As motorizações do Tonale foram a justificação avançada para o atraso verificado no lançamento do modelo. Jean-Philippe Imparato, o arquitecto do crescimento da Peugeot nos últimos cinco anos, foi nomeado pela Stellantis CEO da Alfa Romeo em Janeiro de 2021, ocasião que aproveitou para prometer a apresentação de um novo modelo todos os anos, até 2026, com o Tonale a assumir-se como a novidade de 2022, para em 2023 surgir um SUV do segmento B (tipo Jeep Renegade ou Fiat 500X, que deverá recorrer à plataforma que serve estes dois modelos da casa) e, no ano seguinte, o primeiro eléctrico da Alfa Romeo.

Mas Imparato agitou ainda mais as águas da marca do trevo de quatro folhas ao determinar que o Tonale que tinham desenvolvido, sobre a base do Jeep Compass, não estava à altura dos pergaminhos da Alfa. Daí o atraso com que este SUV do segmento C chega ao mercado, o que compensará com mais potência e uma atitude mais desportiva, sempre sobre a plataforma do Compass, outro elemento da Stellantis, até porque este Stelvio em ponto pequeno foi decidido antes da fusão FCA/PSA.

O Tonale tenta agradar ao maior naipe possível de clientes, dos que preferem os motores diesel aos que privilegiam os híbridos, passando pelos fãs dos PHEV, com importantes vantagens em termos fiscais, em países como o nosso, mas igualmente com trunfos no capítulo dos consumos e das emissões, se o condutor recarregar a bateria regularmente.

A primeira versão do novo SUV a chegar ao mercado português, em Junho, será o Tonale Hybrid, que é quem traz mais novidades. Para começar, monta o novo 1.5 VGT, de Variable Geometry Turbo, ao estar equipado com um turbocompressor de geometria variável. Isto permite-lhe ser eficaz e com resposta pronta com pouca carga no acelerador, mas igualmente fornecer mais potência com maior pressão no pedal da direita. Outra das vantagens deste 1.5 de quatro cilindros é o facto de funcionar segundo o ciclo Miller, o que lhe permite ser mais económico em detrimento de ser mais potente, ao contrário dos restantes motores a combustão dos PHEV do grupo Stellantis.

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O 1.5 Hybrid é oferecido em duas versões distintas, com 130 cv e 160 cv, que chegarão por esta ordem ao nosso mercado, e está associado a um pequeno motor eléctrico a 48V, com 20 cv de potência e 55 Nm de binário, alimentado por uma pequena bateria. É este motor eléctrico que ajuda o motor de combustão nas acelerações, reduzindo o consumo, permitindo-lhe ainda circular durante distâncias muito curtas em modo exclusivamente eléctrico, como entrar e sair de parques de estacionamento.

O segundo motor a chegar ao nosso país é o 1.6 turbodiesel, com 130 cv, q mesma unidade a gasóleo que equipa o Compass e que lhe permite anunciar 194 km/h de velocidade máxima e um consumo de 5,2 l/100km.

O último motor a chegar ao mercado será o PHEV, que equipa o Tonale Plug-in Hybrid Q4. A mecânica é similar à mais possante do Compass, com o motor 1.3 Turbo associado a um eléctrico. Só que este fornece 136 cv, em vez dos apenas 60 cv do SUV da Jeep (continuando montado no eixo traseiro para assegurar tracção integral), com a bateria que o alimenta a possuir uma capacidade de 15,5 kWh, em vez dos 11,4 kWh (sempre a recarregar a 7,4 kW), o que lhe garante uma autonomia em modo EV de 60 km, em vez dos 49 km do Compass.

O Tonale Plug-in Hybrid Q4 anuncia uma potência total de 275 cv (o Compass PHEV mais possante fica-se pelos 240 cv), o que lhe garantirá a capacidade de ir de 0-100 km/h em 6,2 segundos.

As primeiras unidades do Tonale serão as Launch Edition, que serão propostas por toda a Europa pelo mesmo valor e se estes dados são os que já se conhecem sobre o Tonale, há uma série de informações que ainda estão no segredo dos deuses ou, mais precisamente, da Alfa Romeo. De informações sobre o peso ao coeficiente aerodinâmico, passando pela potência fornecida pela unidade a combustão da versão PHEV. Há igualmente alguma curiosidade em torno dos consumos das versões Hybrid, pois deles depende o nível de eficiência deste tipo de mecânica. E, por fim, o preço, argumento determinante para a maioria dos clientes, mesmo os do segmento premium.