No regresso às reuniões no Infarmed, que junta peritos e Governo, Pedro Pinto Leito, da Direção-geral da Saúde, apresentou dados que traduzem a eficácia das vacinas contra a Covid-19, reforçando assim “a confiança que devemos ter” na imunização.

Em relação à mortalidade, Pedro Pinto Leite anunciou que este indicador apresentou pela primeira vez uma tendência estável, no passado fim de semana. E o risco de morte é duas a seis vezes superior em pessoas não vacinadas. “Observamos aqui o efeito protetor da vacinação.”

Entrega da vacina Pfizer-BioNTech contra variante Ómicron está atrasada várias semanas

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O especialista comparou pessoas com 80 ou mais anos com esquema vacinal completo e pessoas com a mesma idade que não foram vacinadas. Neste contexto, Pedro Pinto Leite adiantou que, em janeiro de 2022, tendo em conta pessoas nessa faixa etária, “por cada 100 infetados, quem não tinha o esquema vacinal completo acabava por morrer em 13% das vezes” — ou seja, em cada 100 infeções, registavam-se 13 mortes.

Ainda com as contas de idosos com 80 ou mais anos, para aqueles que tinham as duas doses da vacina, o número de mortes por Covid-19 reduzia para seis e, para quem tinha a dose de reforço, o número fixava-se nos 1,6.

Além do indicador da mortalidade, também os internamentos diminuíram, estabelecendo uma relação direta com a toma da vacina e da dose de reforço.