Detido no passado domingo, 27 de fevereiro, na cidade polaca Rzeszów, onde documentava a saída em massa dos milhares de ucranianos em direção àquele país, o jornalista basco Pablo González está em prisão preventiva, acusado de espionagem. Ao serviço de vários meios de comunicação social, incluindo o espanhol Público, o repórter esteve quatro dias incomunicável, tendo inclusivamente sido sujeito a interrogatórios judiciais sem a presença de um advogado.
A denúncia é do advogado Gonzalo Boye que, ao fim destes quatro dias, veio esclarecer que o basco nascido na Rússia está acusado do crime de espionagem nos termos do artigo 130º do Código Penal da Polónia.
Después de 4 días, acabamos de ser informados por el Consulado de España en Polonia que a @PabVis le acusan de un delito de espionaje del artículo 130.1 del Código Penal polaco y que se encuentra en prisión provisional en la cárcel de Rzeswów.
— Gonzalo Boye (@boye_g) March 3, 2022
Em defesa do jornalista que diz ter sido “preso por fazer o seu trabalho”, o advogado exige “que a sua integridade física e libertação imediata sejam garantidas” argumentando que “sem liberdade de imprensa não existe democracia”.
Entretanto, várias organizações internacionais juntaram-se ao protesto, entre elas o Instituto Internacional de Imprensa, a Plataforma para a Liberdade de Informação, os Repórteres Sem Fronteiras, a Federação Internacional de Jornalistas, a Associação de Imprensa de Madrid, o próprio Sindicato dos Jornalistas de Madrid e o Colégio Basco de Jornalistas.
#Poland: IPI urges @PolandMFA to immediately secure release of #Spanish freelance journalist @PabVis, who was detained in #Rzeszow near #Ukraine border, where he has been reporting for @publico_es on arrival of refugees. Authorities must provide reasons for his arrest. @boye_g pic.twitter.com/EWQnqUuzvi
— IPI – The Global Network for Independent Media (@globalfreemedia) February 28, 2022
Detienen al periodista español Pablo González @PabVis en #Polonia???????? mientras cubría la crisis de refugiados provocada por la invasión de Rusia a Ucrania.
Exigimos a las autoridades polacas que liberen de inmediato a nuestro compañero #PressFreedom https://t.co/1M5GL0OlzQ
— IFJ (@IFJGlobal) March 1, 2022
Junto con las organizaciones internacionales de defensa de la libertad de prensa, a quienes alertábamos ayer de la detención de @PabVis, exigimos la inmediata puesta en libertad del periodista y que se aclaren los motivos por los que está retenido. https://t.co/WIdgKOASX0
— PLI (@PDLI_) March 1, 2022
Reporteros Sin Fronteras solicita la inmediata puesta en libertad de Pablo González y pide explicaciones a las autoridades polacas sobre las circunstancias de este atropello a la libertad para informar de @PabVis https://t.co/oA46mlOWsZ
— RSF España (@RSF_ES) February 28, 2022
Em coro, estas organizações exigem a libertação imediata do repórter que o Público apresenta como um “especialista no mundo pós-soviético e estudante de doutoramento na Universidade do País Basco”, em Bilbau.
Pelo menos desde o início de fevereiro a reportar as tensões vividas na região do Donbass — onde o conflito entre ucranianos e separatistas russos decorre desde 2014 — González foi detido várias vezes pelas forças de segurança ucranianas e obrigado a abandonar o país, antes de cair nas mãos dos serviços de inteligência polacos, acusado de ser “pró-russo”. O jornal para onde escrevia, deu conta que, na altura em que o jornalista recorreu à Embaixada de Espanha em Kiev, a família foi visitada pelos agentes dos serviços secretos espanhóis.
Expulso das fronteiras ucranianas, Pablo González decidiu viajar para a capital da Polónia no dia 24 de fevereiro, quando o mundo acordou com a entrada das tropas russas naquela país. Até ser detido e acusado de espionagem, o basco esteve a cobrir a crise migratória. “Tenho de voltar à Polónia para ganhar o meu pão”, explicou na altura.
La APM reclama que se aclaren la circunstancias de detención del periodista Pablo González en Polonia, donde cubría la guerra en Ucrania. Pide al Gobierno polaco que responda a la solicitud de información hecha por las autoridades españolas
— APM (@aprensamadrid) February 28, 2022
El SPM exige la inmediata liberación del periodista Pablo González, detenido en Polonia desde donde informa de la crisis humanitaria fruto de la invasión de Ucrania. La ciudadanía tiene derecho a saber lo que ocurre allí por profesionales como él.
— Sindicato de Periodistas de Madrid (SPM) (@MadridSPM) March 1, 2022
????Ante la detención del periodista @PabVis:https://t.co/QVGMHTVPdT
????Pablo González kazetariaren atxiloketaren aurrean:https://t.co/eLyr84Y2hX pic.twitter.com/hEzoJ6vmjE
— Colegio Vasco de Periodistas-Kazetarien Euskal Elk (@kazetariak) February 28, 2022