As retalhistas de moda espanholas Inditex e Tendam suspenderam temporariamente as operações na Rússia na sequência da invasão à Ucrânia, uma guerra que é travada há já 10 dias.
Segundo o El Español, a Inditex, dona de marcas como Zara, Stradivarius, Bershka ou Massimo Dutti, além de grupo líder mundial de roupa a retalho, vai fechar as portas de 502 lojas (incluindo 86 da Zara), bem como a página online no país. Já a Tendam, que engloba referências como Women’secret, Springfield, Cortefiel ou Pedro del Hierro, vai encerrar temporariamente 50 estabelecimentos.
A Rússia representa cerca de 8,5% do EBIT (resultado operacional) global do grupo. As lojas que agora vão ficar fechadas ao público dizem respeito a espaços físicos arrendados, com o grupo a assegurar que a prioridade continua a ser as mais de 9.000 pessoas que emprega, assegurando que vai desenvolver “um plano especial de apoio”. A Tendam, por seu turno, dá trabalho a 400 pessoas na Rússia e garante que a “máxima proteção” será dada a “todos os funcionários e colaboradores”.
A decisão de ambos os grupos não é inédita no sector e surge após a tomada de posição da sueca H&M, que esta semana que anunciou o mesmo. Seguiu-se a Mango com o fecho de 120 lojas.
????МЗС України публікує список компаній, які вже пішли з ринку РФ
Дякуємо за солідарність!???? pic.twitter.com/zerRtTWaxN— Верховна Рада України (@verkhovna_rada) March 4, 2022
Ainda esta sexta-feira, o governo ucraniano agradeceu as marcas que abandonaram o mercado russo. No Twitter, o site oficial do parlamento ucraniano partilhou uma lista criada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros com todas as empresas que deixaram o mercado russo — incluindo Adidas, Bolt, Asos, Amazon, Lego, Ikea ou Netflix. “Obrigado pela solidariedade”, lê-se na publicação.