893kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

2022: A cor é Verde

Este artigo tem mais de 2 anos

Sim, o aquecimento global está aí. Não, não vai ficar tudo bem. As tendências de sustentabilidade para 2022 são o início de um longo caminho que temos pela frente

Nada poderá ser como conhecemos até aqui. E tudo começa nas empresas: os índices de sucesso têm de ser redefinidos, não se podendo basear apenas no lucro. Esta é uma das muitas conclusões dos estudos de sustentabilidade para 2022, que apontam para consumidores mais atentos, mais exigentes e mais decididos. As empresas que não se souberem adaptar perderão, definitivamente, negócio. E a falência, primeiro moral e depois económica, é uma opção real.

Para fazer a transição para a “nova empresa verde”, as empresas têm de estabilizar e desenvolver definitivamente a sua estratégia ESG. ESG é uma sigla que significa Environmental, Social and Corporate Governance. No fundo, uma série de políticas que as empresas deverão seguir para conseguirem atrair e reter consumidores conscientes. O lucro está presente, sim, mas será avaliado ao mesmo nível de, por exemplo, qual o impacto que essa mesma empresa tem no planeta – o que se vai refletir na avaliação da mesma no mercado.

Respeitar valores sociais e ambientais é uma base indispensável para todas as empresas até 2030, mas aquelas que se adaptarem mais cedo mais rapidamente terão sucesso. Em 2022, a que poderemos assistir?

Fazer mais com menos: as renováveis e a economia circular

Impulsionada pelas principais economias do mundo – que definiram fortes sanções para quem não cumprir as quotas de emissões de gases poluentes pré-estabelecidas – as energias renováveis vão crescer a um forte ritmo nos próximos anos. Atualmente, estudos da IRENA (International Renewable Energy Agency) apontam já que dois terços das energias renováveis que entraram em funcionamento a partir de 2020 foram mais económicas do que o combustível fóssil novo mais barato. Isto juntando-se à poupança de emissões para o meio ambiente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A energia solar é particularmente popular neste meio, trazendo agora novos conceitos, como o do autoconsumo. O autoconsumo é a ideia que defende que, tendencialmente, cada um pode produzir a energia usada para o funcionamento da sua casa – o que se torna particularmente verdade com o evoluir da tecnologia e das baterias, aumentando a capacidade de armazenamento. Com créditos pessoais como os da Credibom hoje até o financiamento para este tipo de soluções se tornou mais fácil do que nunca. E mais: as baterias e painéis solares de hoje, conforme certificado pela UE, se bem cuidadas são capazes de manter pelo menos 80% da sua capacidade nos próximos 30 anos. Se há investimentos para a vida, este é um deles.

Isto leva-nos à economia circular, que é não mais do que a substituição do nosso conceito antiquado de fim de vida. Este conceito assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem tanto de materiais como de energia. Esta é vista como um elemento-chave para combater a crise de consumo e matérias-primas: andámos durante demasiados anos a pedir ao planeta mais do que ele podia dar. De 2022 em diante as empresas serão julgadas consoante a sua capacidade de estender o fim de vida dos produtos e a mudança já se faz notar, até nos “intocáveis”. Exemplo disso é, por exemplo, a Apple, que já anunciou a fabricação e venda de kits próprios para reparações nos seus telefones – botões, ecrãs, baterias ou outros problemas semelhantes. Se antes um ecrã partido era, para a marca oficial, “cemitério garantido”, isso não voltará a acontecer.

CO₂: Compensar, anular e recompensar

Posto tudo isto, uma coisa torna-se evidente: as empresas vão ter de dar um passo em frente rumo ao “Climate positive”, que passará a ser tão relevante quase como o seu preço e produto. Por agora, a maioria das empresas toma como primeiro passo a compensação de carbono, que não é mais que retribuir ao planeta aquilo que tiram dele. Isto é, investindo em tecnologias ou projetos que ou evitam a emissão de gases com efeito de estufa ou removem os mesmos. Estes investimentos podem ir desde a plantação de árvores à implantação de tecnologia para a captura de emissões de carbono. Outras empresas assumiram até oficialmente o teletrabalho, para evitar que os seus trabalhadores contribuíssem ainda mais para a pegada ecológica com as suas deslocações diárias para o escritório.

Esta estratégia é um bom primeiro passo. Mas, infelizmente, não é suficiente para a situação grave que atravessamos. Para seguirem rumo ao net positive as empresas não podem só tentar “não fazer pior”: têm de ser ativas em prol do bem-estar do planeta. Isso consegue-se, no fundo, com a soma de todos os conceitos que falámos anteriormente. Inovações tanto de tecnologia como de design, de produtos e de materiais, de economia circular e reciclagem. Não basta pensar como produzir um produto e se o público suficiente para ter sucesso no mercado. As empresas são agora, também, obrigadas a pensar no seu fim.

Duas coisas são certas: os produtos desta década terão de ser melhores que os da década anterior e terão, certamente, de durar mais tempo. Reciclar já não é suficiente.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.