Às doze badaladas, confirmou-se a maior subida de sempre nos preços dos combustíveis – uma subida que gerou uma corrida às bombas nos últimos dias. Várias gasolineiras passaram esta semana a cobrar mais de 2 euros/litro mesmo na gasolina simples, como demonstram os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia. De acordo com a mesma fonte, o gasóleo atinge 1,95 euros/litro.
De acordo com a mesma fonte, 2,034 euros é o valor que está a ser cobrado na Galp Duarte Pacheco, em Lisboa, por cada litro de gasolina simples. Já o gasóleo (simples) 1,959 euros por litro.
No Porto, na BP S. João de Brito, perto da Avenida da Boavista, a gasolina simples custa 2,039 euros por litro e o gasóleo (simples) os mesmos 1,959 euros/litro. Estes são alguns preços de referência em algumas das gasolineiras mais movimentadas do país, neste caso dos principais centros urbanos.
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As subidas refletem o efeito conjugado de dois fatores. O mais relevante é a grande subida das cotações do petróleo ao longo da última semana – e que continua às primeiras horas desta segunda-feira, com o crude Brent a tocar os 130 dólares por barril.
Os produtos refinados que servem de referência ao preço dos combustíveis também sofreram fortes valorizações na última semana, em particular no gasóleo. Para além de ser um grande fornecedor à Europa de gasóleo, a Rússia também vende o VGO (gasóleo de vácuo), produto intermédio usado para produzir diesel rodoviário.
A Galp Energia anunciou esta semana a suspensão das compras deste produto com origem na Rússia e outras empresas estarão a fazer o mesmo o que está a pressionar mais as cotações internacionais do gasóleo do que as da gasolina.
A ampliar este efeito das matérias primas está a desvalorização do euro face ao dólar, a moeda na qual são feitas as compras de produtos petrolíferos. Considerando o efeito cambial, chegou-se na última semana a uma valorização de 18% no gasóleo e de 10% na gasolina nos mercados internacionais.